ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | Rebecca - uma mulher inesquecível para o cinema brasileiro |
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Autor | Laura Loguercio Cánepa |
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Resumo Expandido | Entre 1950 e 1954, quatro filmes realizados nos estúdios paulistas com temáticas típicas dos melodramas femininos mescladas a elementos "góticos" tiveram inspiração direta ou indireta no longa-metragem "Rebecca – A mulher inesquecível" (1940), primeira obra de Alfred Hitchcock produzida nos EUA: "Caiçara" (Adolpho Celi, 1950) e "Veneno" (Giani Pons, 1952), da Cinematográfica Vera Cruz; "Meu destino é pecar" (Manuel Peluffo, 1952), da Cinematográfica Maristela; "Chamas no cafezal" (José Carlos Burle, 1954), da Multifilmes.
O filme de Hitchcock, por sua vez, causara grande impacto ao ser lançado no Brasil, em 1940, por ter sido considerado, pela escritora brasileira Carolina Nabuco, um plágio de seu livro "A sucessora", publicado em 1934 e supostamente plagiado pela inglesa Daphne Du Maurier, cujo livro "Rebecca", lançado em 1938, originara o roteiro do filme. Com a tradução do livro de Du Maurier, por Monteiro Lobato, em 1940, a questão só se adensou, reforçada pela publicação, em 1943, do folhetim "Meu destino é pecar", de Nelson Rodrigues (que assinava com o pseudônimo de Suzana Flag), inspirado na história de Rebecca/A Sucessora. O folhetim de Rodrigues/Flag teve enorme sucesso de vendas e gerou versões para a Rádio Nacional (1945) e para o cinema (1952), o que só confirmaria a popularidade do tema. O trabalho aqui proposto pretende reconstituir o impacto da polêmica Rebecca/A Sucessora sobre o cinema brasileiro de estúdios da década de 1950 e, a partir daí, examinar como os filmes se relacionaram com duas tradições cinematográficas e literárias que se cruzam de maneira exemplar em "Rebecca", de Hitchcock, e de maneira um pouco mais contraditória e difusa nos exemplares brasileiros: o melodrama feminino e o gótico. |
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Bibliografia | BARRO, Máximo. José Carlos Burle – Drama na Chanchada. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.
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