ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | O mercado cinematográfico brasileiro: uma retrospectiva (1946-2008) |
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Autor | André Piero Gatti |
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Resumo Expandido | PO mercado cinematográfico brasileiro é um dos maiores mercados do gênero no mundo ocidental. A sua importância se remete aos primeiros momentos de constituição de um mercado internacional de circulação da mercadoria fílmica que acontece nas primeiras décadas do séc. XX. Para se ter uma pálida idéia desta situação basta que se lembre que o mercado local se encontra em um dos dez maiores mercados para o filme norte-americano. Isto desde a chegada das distribuidoras estadunidenses em solo nacional, ou seja, desde 1915, quando aqui aportou a primeira major, no caso a Fox Films. Na medida do possível, também será identificada a participação do filme nacional neste mercado. Isto porque os dados sobre a produção local e a sua participação relativa no espaço cinematográfico nacional só são conhecidos de maneira sistêmica a partir do início da década de 1970. Pois, foi somente neste momento que os dados sobre o cinema brasileiro começaram a ser tabulados por uma entidade neutra, como era o caso do INC, depois vieram o Concine e Ancine. Porém, também estão contemplados na pesquisa as informações levantadas por outras entidades públicas e privadas. Estas que, por sua vez, podem ser consideradas como muito díspares entre si, como são os casos do IBGE e da Filme B, por exemplo. Nos últimos tempos, vale lembrar o fato que durante o desenrolar da Retomada do cinema brasileiro, a empresa Filme B se constituiu como a única fonte confiável sobre a evolução da cinematografia em solo brasileiro. Isto graças ao Sindicato das Distribuidoras do município do Rio de Janeiro que realiza a tabulação dos dados de suas empresas associadas. Entretanto estes dados não relfetem o escopo nacional como um todo, por contar com dados apenas de seus membros.
O fato curioso é que, durante muito tempo, o cinema passou a ser considerado como a maior forma de entretenimento popular entre nós. Para tanto, basta lembar que o slogan das empresas do grupo exibidor líder Severiano Ribeiro: Cinema é a maior diversão. Depois, este slogan mudou para: Cinema ainda é a maior diversão, que acabou sendo abandonado em função do evidente decréscimo de público das salas escuras. Fato este que encontrou reflexos na atividade como um todo. Sabe-se, por exemplo, que na década de 1950, na cidade de São Paulo o hábito de se assistir filmes nas salas de cinema era a maior forma de entretenimento popular, superando inclusive a ida aos estádios de futebol daquele momento. Algumas circuitos chegavam a obter uma performance de público da ordem de vários milhões de espectadores.Hoje em dia, tal retrospecto só é alcançado pelos circuitos multiplex. Estes que , por sua vez, ofertam ao público um número de filmes antes impesensável em um mesmo local de exibição. No período áureo das salas alguns filmes nacionais chegavam a alcançar cifras de mais de dez milhões de ingressos vendidos, comprovando a tese de cinema foi durante muito tempo a maior forma de entretenimento popular. Com este estudo pretende-se dimensionar a trajetória do público brasileiro e entender a mudança de hábito que se abateu sobre este mercado. Este que teve uma importancia significativa no espectro do desenvolvimento de uma indústria cultural no Brasil. |
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Bibliografia | BUTCHER, Pedro, ALMEIDA, Paulo Sérgio. Filme B - Data Base 2007.Rio de Janeiro: Filme B, 2007.
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