ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | A construção de uma memória da “geração 68” por narrativas audiovisuais |
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Autor | Mônica Almeida Kornis |
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Resumo Expandido | Ficção televisiva e nação formam um binômio que se atualiza em vários formatos há décadas em vários países do mundo, num movimento inaugurado pelo cinema há quase um século. Em particular sobre o período do regime militar (1964-1985), o cinema brasileiro produziu mais de uma centena de filmes ambientados naquela conjuntura, já a partir dos anos 1970, ainda durante a vigência daquele regime. Alguns títulos trataram o tema na perspectiva de trajetórias geracionais, mas foi na televisão que essa tendência se explicitou com mais intensidade, em particular em dois trabalhos de Gilberto Braga, Anos rebeldes (1992) e secundariamente em Anos dourados (1986). A construção de uma memória da história recente por essa via implicou em narrativas dramáticas focadas na figura de jovens militantes, preferencialmente ligados à luta armada, opção que propiciou um relato heróico desses personagens, cuja atuação moralmente positiva se realiza enquanto defesa de ideais humanitários. No cinema, de meados dos anos 1990, com O que é isso, companheiro (1997) ao recente Hércules 56 (2006), há relatos diferenciados sobre experiências da luta armada que apontam para direções distintas na construção de uma memória histórica. Examinar as diferentes formas de construção dessa memória – do melodrama à linguagem documental numa perspectiva mais instigante – e em particular sobre a de uma geração contestadora do regime então vigente implica em pensar sobre a multiplicidade de estratégias discursivas contidas em narrativas audiovisuais sobre esse período da história recente nacional. |
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Bibliografia | HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória – arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro, Aeroplano, 2000.
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