ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | Estética e ontologia: o olhar e as imagens de A(ngelopoulos) |
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Autor | Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho |
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Resumo Expandido | Pretendo, a partir da análise das cenas iniciais do filme Um olhar a cada dia (To Vlemma Tou Odyssea/O olhar de Odisseu, 1995), de Theo Angelopoulos, indicar alguns elementos da perspectiva estético-metafísica do diretor grego. O filme narra a odisséia de A (Harvey
Keitel), cineasta grego, que retorna a sua cidade natal, para assistir a uma exibição de um filme seu. No entanto, a volta a seu país tem outro propósito: a busca de três rolos de negativos de um documentário feito no início do século pelos irmãos cineastas Manakis,dois pioneiros na captura de imagens em movimento, dentro do que foi, digamos, o espírito dos irmãos Lumiére. Este primeiro olhar sobre os Bálcãs e que ainda não teria sido revelado, norteia a viagem de A. As cenas iniciais do filme (4min15)convidam a um exame mais detalhado das categorias de memória, visão e imagem. Iniciando o filme com uma citação de Platão sobre a atividade de olhar e de conhecer, Angelopoulos, combinando cenas de documentário e de ficção, estabelece uma relação entre o olhar ciclópico da câmera (e do cinema) e nosso olhar, remetendo a uma complexa teia de criação de imagens e modos de percepção fenomência, desde o poeta cego Homero, fundamento da tradição ficcional ocidental, até o cinema do século XX. |
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Bibliografia | ANGELOPOULOS, T. Um Olhar a Cada Dia DVD - Kriterion, 2008; VHS, gravada da TV, 2002
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