ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | Rambú da Amazônia como space-off do Rambo de Hollywood |
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Autor | Gelson Santana |
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Resumo Expandido | Este trabalho tem como ponto de partida a análise comparativa dos filmes da série “Rambo”, com Sylvester Stallone, e do filme “Rambú III – o rapto do Jaraqui dourado” (2007) e “Rambú IV – o clone” (2008), ambos com Aldenir Coti. O objetivo é demonstrar que, como realidade da experiência de uma representação, Rambú atualiza os rastros imagéticos da experiência de realidade que configura Rambo. No primeiro, o local da realidade (Amazônia) se dobra à realidade do local da imagem do segundo (por exemplo, Tailândia). Este processo desvela os modos de encenação do imaginário local que acoplado a determinadas formas de representação massiva atualiza a experiência da realidade como realidade de uma experiência imagética. Assim, a imagem da identidade (Rambú), que se configura através da identidade da imagem (Rambo), molda a experiência da representação. Observe-se que o ideal da imagem de Rambo pertence a um tempo histórico que se faz presente na atualidade de suas re-inscrições tecnológicas: TV, VHS, DVD, MP4 etc. Rambo é parte do imaginário do herói de Hollywood dos anos 80 e a ele se conforma o space-off da precariedade da representação atual de Rambú. No jogo de identificação entre a imagem de Sylvester Stallone e John Rambo se configura a indiferença entre Aldenir Coti e Jhon Rambú. Na presença desta acoplagem, construída a partir dos modos periféricos de recepção de uma experiência cinematográfica, o efeito de bordas que determinam os filmes “Rambú III” e “Rambú IV” emergem da precariedade que modela, através do imaginário massivo, as práticas de representação em uma realidade de periferia. |
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Bibliografia | BOYER, Véronique (1999). “O Pajé e o Caboclo: de homem a entidade”. In: Mana, volume 5, n. 1, pp. 29-56. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/mana/v5n1/v5n1a02.pdf
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