ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | Distribuição – a ponte entre o filme e o espectador |
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Autor | Hadija Chalupe da Silva |
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Resumo Expandido | Esta proposta tem como intuito fazer uma análise comparativa das formas de difusão e comercialização do filme nacional no mercado brasileiro contemporâneo, a partir da investigação de diferentes formatos de distribuição. Os filmes feitos com uma grande campanha de lançamento (distribuição feita com mais de 100 cópias para exibição; dos filmes médios (abaixo de 100 cópias; filmes de nicho (obras de difícil entrada no mercado e lançado com o menor número possivel de cópias em sua exibição) e filme para “exportação” (aqueles que traçam uma intensa carreira internacional antes de ser lançado no Brasil). Dessa maneira iremos utilizar como objeto de estudo 5 filmes lançados no ano de 2005: 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira; Cabra Cega, de Toni Venturi; Casa de Areia de Andrucha Waddington; Cidade Baixa, de Sérgio Machado e Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes.
Passada a euforia da retomada, temos agora um período que compreende a tentativa de uma consolidação da atividade cinematográfica no Brasil. Obtivemos um início de incentivo no que se refere à produção dos filmes através do Estado, pelas leis de incentivo fiscal porém, pouca atenção foi voltada às atividades de distribuição e de exibição, tornando necessárias medidas que recuperem e regularizem tais atividades. Como aponta o professor Dr. João Guilherme Barone a Retomada deve ser vista como um “fenômeno múltiplo do fato cinematográfico” (2005, p.140), pois mesmo não havendo medidas diretas de incentivo por parte do Estado no que se refere à distribuição e exibição fílmica, podemos verificar que naquele momento a iniciativa privada encontrou um campo interessante e próspero a ser explorado. Surgiram novas empresas interessadas na sinergia entre TV e cinema, foram criadas novas empresas distribuidoras (Europa filmes, Elimar/Copacabana, Paris, Lumière, Pandora, Imovision e mais recentemente a Downtown filmes e MovieMOBZ, dentre outras empresas de menor porte) – as chamadas independentes – num mercado controlado predominantemente pelas majors norte-americanas, além do reordenamento do parque exibidor com a inserção do multiplex e de salas especializadas na exibição de “filmes de arte”. A distribuição é o elo central, a ponte entre o produto (filme) e sua disponibilização (exibição), entre o emissor (diretor) e o receptor (público). Com o filme pronto, o distribuidor será o responsável pela circulação do filme nas diferentes janelas de exibição (sala de cinema, homevideo, TV por assinatura, TV aberta), nos diferentes territórios, para diferentes públicos, ou seja, ele será o responsável por instigar o espectador a sair do conforto de suas casas para ir a uma sala de cinema assistir um filme, ou para que estimule o espectador a rever o filme na televisão, ou, eternize sua relação com o filme através de sua compra. Como método de trabalho, optamos pela análise comparativa, que nos possibilita visualizar com melhor clareza as diferenças e particularidades de cada projeto de distribuição/comercialização operado pelas majors e distribuidoras independentes. A escolha dos filmes a serem analisados se deu a partir da importância de cada um no mercado nacional em relação aos seguintes itens: orçamento, renda de bilheteria, total de espectadores, média de freqüência do público por número de cópias, total de cópias disponibilizadas para o lançamento, (fator importante para um estudo comparativo, pois o número de cópias é um dos itens determinantes do orçamento de distribuição e de como ele será inserido no mercado). Dessa forma, podemos pensar nas seguintes questões: quais são as ferramentas e os artifícios utilizados por essas empresas para que o público se interesse por um determinado tipo de filme e não por outro? Como que se dá o processo de negociação entre Produtor e Distribuidor e posteriormente entre Distribuidor e Exibidor? Como se configura essa atividade em seus diversos eixos (Instituição/Tecnologia/Mercado/Patrimônio/Formação Profissional/Direitos Autorais? |
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Bibliografia | ALMEIDA, Paulo Sérgio; BUTCHER, Pedro. Cinema Desenvolvimento e Mercado, Rio de Janeiro: Primeiro Plano, 2003.
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