ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | Festivais audiovisuais no Brasil: um setor heterogêneo? |
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Autor | Tetê Mattos (Maria Teresa Mattos de Moraes) |
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Resumo Expandido | No segmento do audiovisual brasileiro o setor dos festivais de cinema e vídeo vem apresentando um significativo crescimento no decorrer das últimas décadas, revelando um enorme potencial cultural, social e econômico.
A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura em parceria com o Fórum dos Festivais realizaram uma pesquisa que resultou numa publicação que apresentava um diagnóstico dos festivais brasileiros de cinema, vídeo e outras linguagens audiovisuais que aconteceram tanto no Brasil quanto no exterior, no ano de 2006. Este estudo inédito apresentou dados relativos a 132 eventos audiovisuais, número total de festivais que a pesquisa alcançou. Utilizando como base as análises realizadas no “Festivais Audiovisuais – Diagnóstico Setorial 2007: Indicadores 2006” esta comunicação pretende refletir e compreender as razões do fortalecimento do setor dos festivais, que se dá num contexto onde observa-se uma tendência para a mercantilização da produção cultural. Para isso tomará como estudo de caso alguns festivais de cinema e vídeo brasileiros que se diferenciam em seus perfis, em seus objetivos, em suas formas de financiamento, no volume de recursos que movimentam, nas formas de patrocínio, em seus portes/dimensões, em suas localizações, no número de filmes exibidos e espectadores, etc. Pretendemos relacionar estes festivais com os impactos gerados nos municípios onde são realizados e os alcances no segmento audiovisual brasileiro. Pretendemos também analisar a rede de interlocuções entre festivais de cinema e os diversos segmentos que compõem a matriz audiovisual brasileira e a importância da integração do circuito de festivais com a cadeia produtiva do audiovisual. Serão objeto de nossa análise: a) festivais de grande porte, como o Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (DF), o Festival de Cinema de Gramado (RS), o Festival de Cinema de Tiradentes (MG) e o Cine PE (PE); b) festivais de médio porte como o Festival Brasileiro de Cinema Universitário (RJ) e o Goiânia Mostra Curtas (GO); c) festivais de pequeno porte como o Visões Periféricas (RJ), Araribóia Cine – Festival de Niterói (RJ) e Curta-SE (SE). Como “evento audiovisual” consideramos a iniciativa estruturada em mostras ou sessões capaz de promover o produto audiovisual, respeitando-o como manifestação artística e disponibilizando-o à sociedade, com proposta de periodicidade regular. Ou seja, eventos que buscam continuidade, um calendário fixo, e várias edições. Não consideramos no nosso estudo as chamadas iniciativas eventuais. Pretendemos com esta comunicação iniciar um estudo crítico dos festivais brasileiros, preenchendo lacunas e contribuindo na reflexão e discussão sobre um segmento do audiovisual pouco estudado no Brasil, e que vem apresentando um grau de importância na dinâmica cultural brasileira. |
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Bibliografia | ALENCAR, Miriam. O cinema em festivais e os caminhos do curta-metragem no Brasil. Rio de Janeiro: Artenova, 1978.
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