ISBN: 978-85-63552-05-1
Título | A relação música/cinema e o campo teórico |
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Autor | Suzana Reck Miranda |
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Resumo Expandido | Esta pesquisa investiga o campo teórico da relação música/cinema com o objetivo de ampliar a discussão em torno do hibridismo desta área, que agrega tanto a Musicologia e quanto a Teoria do Cinema. Salvo raras exceções, o tema é pouco abordado em língua portuguesa. Elucidar suas principais linhas de abordagem justifica-se na medida em que, nos últimos 10 anos, houve um crescimento significativo nas monografias, dissertações e teses sobre a inserção musical na narrativa cinematográfica.
Assim que o cinema sonoro se consolidou, realizadores e teóricos voltaram-se para uma possível “ameaça” do som à especificidade cinematográfica conquistada pela imagem silenciosa e elaboram as primeiras teorias sobre o uso geral do som no cinema. Aos poucos, a música destacou-se dentro deste contexto, embora raramente em publicações específicas, mesmo sendo apontada como um elemento sonoro cuja aderência à narrativa é diferenciada. Parte da literatura inicial sobre música e cinema perpassa outras áreas do conhecimento e, ao invés de formar um conjunto coeso em torno de questões teóricas, resulta em uma somatória de abordagens que tentam, de forma irregular, atingir diferentes leitores. O livro que marca uma discussão acadêmica rigorosa é o Unheard Melodies, publicado por Claudia Gorbman em 1987, cujo foco de atenção está no uso tradicional da música no cinema narrativo clássico. Boa parte das publicações posteriores ampliou, questionou e/ou criticou os postulados de Gorbman, que dialogam com Teorias da Sutura e da Enunciação, correntes da Teoria do Cinema desenvolvidas entre as décadas de setenta e oitenta. Pretende-se destacar quais os desdobramentos que o Unheard Melodies teve em publicações posteriores, tanto de autores como Caryl Flinn e Kathryn Kalinak, que ampliaram seus postulados quanto de Jeff Smith, cuja postura crítica é o foco da argumentação. |
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Bibliografia | DONNELLY, Kevin (ed.) Film music: critical approaches. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2001.
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