ISBN: 978-85-63552-06-8
Título | Elementos para o estudo da crítica de cinema na década de 1960. |
|
Autor | Alessandra Souza Melett Brum |
|
Resumo Expandido | Durante a década de 1960, a crítica de cinema ocupou seu espaço nas mais diversas publicações em todo o país. Mesmo os pequenos jornais traziam em suas poucas páginas uma coluna destinada ao cinema, ampliando assim o exercício da crítica e cumprindo um importante papel ao suprir uma lacuna em um cenário editorial com poucas revistas especializadas.
Essa abertura por parte da imprensa escrita à crítica de cinema está intimamente relacionada com a efervescência cultural do período e, sobretudo com as transformações estéticas pelo qual passava o cinema. Há nesse momento uma pluralidade de tendências em oposição ao modelo clássico do cinema, culminando no que se convencionou denominar de cinema moderno. O interesse da crítica nesse cinema que emerge pode ser observado pelo grande número de artigos dedicados ao primeiro longa-metragem de Alain Resnais, Hiroshima Mon Amour, antes, durante e depois de sua exibição no Brasil. O rico e amplo material produzido pela crítica a Hiroshima Mon Amour nos fornece bons elementos para uma compreensão mais ampla da atuação dos críticos de cinema no período, ao revelar estratégias e referências de análise, percursos para driblar o espaço limitado da coluna jornalística, relações entre seus pares, etc. Tomamos como fonte de pesquisa para esse estudo a série de cinco artigos sobre Hiroshima Mon Amour de Paulo Emílio Sales Gomes para o Suplemento Literário d’ O Estado de S. Paulo, os quatro artigos de Walter da Silveira publicados no Diário de Notícias de Salvador, os cinco textos de José Haroldo Pereira para o Folha de Minas e seis artigos de José Sanz para o Jornal do Commercio. Acrescentamos ainda os artigos de José Lino Günewald, Antonio Moniz Vianna, Ely Azeredo, Maurício Gomes Leite, Glauber Rocha e David Neves. Esse conjunto de autores demonstra também uma das especificidades do trabalho do crítico na década de 1960, que é a atuação de diferentes gerações nos mais diversos espaços jornalísticos, num diálogo rico em possibilidades e numa troca de ideias que refletia as experiências e anseios de cada geração. |
|
Bibliografia | Essa comunicação está apoiada em fontes primárias e periódicos brasileiros da década de 1960.
|