ISBN: 978-85-63552-06-8
Título | Mise-en-bande: dinâmica dos componentes sonoros em "Last Days" |
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Autor | Juliana Panini Silveira |
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Resumo Expandido | Título: Apontamentos de uma "mise-en-bande": a dinâmica interna dos componentes sonoros em “Last Days” de Gus Van Sant.
A noção de "mise-en-scène", termo que designa as relações e dinâmicas de encenação, dramatização, existentes entre os componentes imagéticos de um quadro, é usada com freqüência em análises da imagem cinematográfica. Partindo da idéia de que não são os elementos sonoros separadamente que compõem a trilha sonora de um filme, mas sim o conjunto de relações existentes entre eles, entende-se, desta forma, a necessidade de um termo para designar e melhor definir as inter-relações que ocorrem entre os sons. Rick Altman, no ensaio “Inventing the Cinema Soundtrack: Hollywood’s Multiplane Sound System”, propõe o termo "mise-en-bande", noção que designa as interações existentes entre os diversos sons de uma banda sonora cinematográfica. Juntamente com o termo, Altman aponta as deficiências de antigos sistemas de análise da porção sonora fílmica e propõe uma nova representação gráfica destinada à análise da mise-en-bande da obra cinematográfica. Este trabalho tem como objetivo, a partir do modelo proposto por Altman, analisar trechos do filme “Last Days” (2005), do diretor Gus Van Sant, obra em que ruídos, diálogos e música se inter-relacionam de modo a constituir uma dinâmica interna essencial à produção de significados junto às imagens, fato que valoriza a noção de "mise-en-bande" e sua importância como elemento de análise. |
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Bibliografia | ALTMAN, Rick (org.). Sound theory – Sound practice. New York: Routledge, 1992.
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