ISBN: 978-85-63552-07-5
Título | Entre a tradição e o novo: a voz over e modos de usar |
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Autor | Sérgio Puccini Soares |
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Resumo Expandido | Normalmente associada a uma voz do saber, ou voz do dono, na expressão de Jean-Claude Bernardet (BERNARDET, 2003, p. 15), o uso da voz over vem a ser um recurso bastante recorrente no documentário brasileiro, possuindo modulações distintas se analisada dentro de um recorte mais amplo, que abranja os diversos períodos da história de nosso documentário. Se no início do documentário moderno, a permanência da voz over sinalizava a manutenção de um certo “didatismo social” (RAMOS, 2008, p. 331), no documentário contemporâneo a mesma voz over vem a ser uma das marcas do caráter fortemente reflexivo de filmes como Ilha da flores (Jorge Furtado, 1989), por exemplo.
Partindo de um panorama preliminar sobre o uso da voz over no documentário brasileiro produzido a partir da década de 1960, a comunicação irá se deter na análise comparativa de três documentários em que o uso de voz over se faz de maneira bastante distinta. Tratam-se dos filmes Subterrâneos do futebol (Maurice Capovilla, 1963), Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984) e Santiago (João Moreira Salles, 2008). A comunicação irá abordar aspectos específicos na articulação de cada uma das vozes, na relação destas com o universo abordado e a estrutura discursiva dos documentários. |
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Bibliografia | BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
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