ISBN: 978-85-63552-07-5
Título | Belonging and displacement: saídas transnacionais e plurilinguísticas para o cinema lusófono |
|
Autor | Michelle Cunha Sales |
|
Resumo Expandido | Ao longo da programação de cinema lusófono disponibilizada pelo Bacalhau Cinema Clube e também da produção e curadoria para a mostra de cinema Terceira Metade, ambos realizados na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro entre setembro de 2010 e março de 2011, o problema da delimitação ou definição da questão do cinema “lusófono” impõe-se. Por um lado, é possível pensar sempre a questão do cinema “lusófono” a partir do lugar de produção: Brasil, Portugal e África lusófona. Entretanto, as novas estratégias de realização do cinema mundial contemporâneo apontam-nos cada vez mais esquemas de co-produção entre países que tornam a questão da “nacionalidade” dos filmes um problema de definição. Por outro lado, a questão da língua portuguesa também revela-se um falso problema quando nos deparamos, em muitos filmes africanos, com a presença de inúmeros dialetos. Portanto, problematizando a idéia de nação, língua portuguesa ou mesmo de uma certa “portuguesidade” no conceito de lusofonia, queremos ao longo dessa pesquisa alargar e relativizar o “cinema lusófono”, forjado ao longo dos últimos anos pelas políticas de produção entre os países membros da CPLP, trazendo para esse cinema questões mais temáticas. A idéia de cinema lusófono deve englobar o trânsito cultural, o hibridismo entre as culturas cujo passado envolve a colonização portuguesa. A hipótese gerada é a de que é necessário discutir e aprofundar o conceito de lusofonia diante das mudanças geradas num cenário pós-colonial, das migrações recíprocas e dos reflexos nas representações culturais e no processo identitário. |
|
Bibliografia | CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Híbridas. Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1997.
|