ISBN: 978-85-63552-11-2
Título | A produção regional brasileira: relações com experiências latino-americanas |
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Autor | Luciana Corrêa de Araújo |
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Resumo Expandido | Durante o período do cinema silencioso, tanto o Brasil quanto outros países da América Latina registraram focos de produção cinematográfica em cidades que não suas respectivas capitais. Para Paulo Antonio Paranaguá, a “atomização da produção” seria mesmo um elemento distintivo do cinema mudo em vários países latino-americanos (1985: 15). Uma lista, não exaustiva, das cidades onde ocorreram tais atividades inclui: Iquique, Antofagasta, La Serena, Valparaíso, Concepción, Valdívia, Osorno, Puerto Montt e Punta Arenas (Chile); Medellín, Barranquilla, Cáli e Pereira (Colômbia); Córdoba e Santa Fé (Argentina); as cidades de Guadalajara e Orizaba, e em estados como Yucatan, Sinaloa, Guanajuato, San Luis Potosi, Oaxaca, Puebla, Michoacán e Sonora (México); Recife, Campinas, Cataguases, Pouso Alegre, Ouro Fino, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pelotas (Brasil).
Esta comunicação pretende retomar linhas de trabalho propostas por Jean-Claude Bernardet (1995) e Arthur Autran (2010), discutindo a questão dos “ciclos regionais” no Brasil e traçando relações com experiências semelhantes em outros países da América Latina. Na primeira parte da comunicação, serão investigadas tais relações, procurando compreender aspectos da dinâmica desses focos de produção que se desenvolveram fora das capitais. Também iremos nos basear, aqui, nos trabalhos comparativos realizados por Paulo Paranaguá. Na segunda parte, será realizada uma análise comparativa entre dois filmes, o pernambucano Retribuição (Gentil Roiz, 1925) e o mexicano El tren fantasma (Gabriel García Moreno, 1927), produzido na cidade de Orizaba, observando como incorporam os modelos cinematográficos estrangeiros, em particular o modelo hegemônico hollywoodiano, avaliando as assimilações e deslocamentos efetuados, as aproximações e diferenças entre as duas obras. |
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Bibliografia | AUTRAN, Arthur. A noção de ‘ciclo regional’ na historiografia do cinema brasileiro. Alceu (PUCRJ), v.20, 2010, pp.116-125.
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