ISBN: 978-85-63552-11-2
Título | Cinema na formação de professores |
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Autor | Maria Teresa de Assunção Freitas |
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Resumo Expandido | No Grupo de Pesquisa Linguagem, Interação e Conhecimento coordeno uma pesquisa em desenvolvimento envolvendo a formação de professores que tem o cinema como objeto de estudo.
Nessa pesquisa buscamos compreender os modos pelos quais tem sido apropriadas e estudadas as relações entre o cinema e a educação no curso de Pedagogia e Licenciaturas da UFJF, construindo com seus alunos e professores uma experiência formativa com imagens fílmicas no ambiente educativo, visando compreender como se dá a fruição dessas peças fílmicas no processo de aprendizagem (Freitas, 2009). De que forma as imagens fílmicas circulam pelos conteúdos disciplinares e como são apropriadas como elementos de ligação entre professores e alunos, conhecimento e vida? Como o cinema enquanto instância estética e simbólica pode aproximar o professor do aluno? De que forma a cultura cinematográfica pode servir de meio para novas experiências envolvendo diferentes áreas do conhecimento em atividades escolares? Estas são questões que emergem como pistas investigativas. Compreendemos que a tarefa da escola e dos processos educativos é desenvolver novas formas de ensinar e aprender em razão das exigências postas pela contemporaneidade. As imagens exercem papel de mediadoras entre os indivíduos e a cultura mais ampla, modificando as interações coletivas e ressignificando os sujeitos. Na rede informacional que nos envolve, misturam-se vários saberes e formas diversas de aprender, enquanto nosso sistema educativo se encontra organizado em torno da escola e do livro. O que estamos vivendo hoje, segundo Martín-Barbero (2006), é uma transformação nos modos de circulação do saber, que disperso e fragmentado, circula fora dos lugares sagrados que antes o detinham e das figuras sociais que o geriam. Portanto, a escola está deixando de ser o único lugar da legitimação do saber o que se constitui em um enorme desafio para o sistema educativo. Nosso interesse investigativo se encontra numa área de tensão entre uma cultura escolar tradicionalmente centrada no paradigma letrado, e outra, globalizada, multimidiática, imagética, sensorial, aberta à difusão e acessibilidade às tecnologias de informação e comunicação e seus desdobramentos éticos e cognitivos. É preciso que, perante essa nova ordem das coisas, a escola e seus profissionais não se afastem, mas busquem compreender o que se passa e se disponham a interagir com as novas possibilidades. Desejamos que se instaure nos processos formativos dos professores pesquisados um espaço de reflexão sobre essas questões que leve à construção de uma posição responsável e consequente diante das novas formas de conhecer e aprender que marcam a contemporaneidade. Almejamos observar as “experiências” dos docentes e discentes de um curso de formação de professores com a fruição de peças fílmicas num ambiente educativo. No limiar entre o uso “escolarizado”, que restringe o cinema a um recurso didático, e o uso do cinema como objeto da experiência estética é que se encontra material para criação de outras práticas escolares. (Medeiros, 2009). Nossa proposta é discutir os achados parciais da pesquisa a partir das ações já empreendidas: a) análise de um questionário aplicado aos alunos do Curso de Pedagogia e Licenciaturas da FACED/UFJF sobre sua relação com o cinema e seu repertório fílmico; b) análise de um questionário aplicado aos professores desses cursos sobre sua relação com o cinema e como dele se utilizam em sua prática pedagógica; c)análise de uma atividade de extensão: o CINEDUCA, que funciona como campo de pesquisa oferecendo aos alunos a possibilidade de se depararem com um novo repertório fílmico e discutirem sobre a sua experiência de fruição. |
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Bibliografia | FREITAS, M.T. A. Computador-internet e cinema como instrumentos culturais de aprendizagem na formação de professores (2010-2014). Projeto de pesquisa aprovado pelo CNPq e FAPEMIG, 2009.
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