ISBN: 978-85-63552-14-3
Título | Metáporos: uma proposta de pesquisa para o campo do cinema e novas exp |
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Autor | Eliany Salvatierra Machado |
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Resumo Expandido | No campo da Comunicação novos estudos estão sendo realizados. Entre as pesquisas mais recentes encontramos a Nova Teoria da Comunicação apresentada por Ciro Marcondes Filho. Para Marcondes Filho a Comunicação é um acontecimento, algo que te faz pensar, que te atravessa. O termo Comunicação não está ligado somente aos meios de comunicação social, mas a sensação.
Para realizar as pesquisas que estudem o acontecimento a proposta da Nova Teria é seguir o metáporos ou o caminho do meio. Metáporos não separa sujeito e objeto, os dois estão juntos. O pesquisador não tem a obrigação de encontrar uma verdade, ao contrário percebe o objeto como fugidio e tenta descrevê-lo, apreende-lo antes mesmo que escape. É uma outra forma de compreender a pesquisa e os procedimentos metodológicos. Metáporos percorre o caminho das percepções e pode nos aproximar muito mais do que é aprendido pelo receptor na relação que ele estabelece com o filme ou a expressão fílmica. É uma outra forma de pensar e fazer pesquisa. Apresentamos o metáporos no Socine por que acreditamos que é possível estudar o cinema e a arte de outra forma, distante do positivismo ou do materialismo dialético. O Metáporos demanda um olhar diferente para a comunicação, por isso é importante rever algumas características básicas do acontecimento comunicacional, que segundo Marcondes Filho são: 1. O objeto é novo, ágil, cobrando do procedimento investigativo uma atitude igualmente dinâmica; 2. O objeto é transitório, exige que o pesquisador atribua legitimidade a esse estado passageiro; 3. O objeto está assentado no movimento, daí impondo ao estudioso uma atitude emparelhada no mesmo processo; 4. O acontecimento não avisa que irá se dar: cabe ao pesquisador a identificação de sua fulguração e a iniciativa de acompanhá-la. As quatro características – novidade, efemeridade, movimento e imprevisibilidade – ficam mais evidentes quando as definimos segundo a razão inversa: o objeto não é conhecido nem conceituado; não permanece por muito tempo; não está parado, estacionado ou “congelado” e, por último, não avisa quando irá acontecer novamente. As características aqui apresentadas correspondem as novas formas de fazer e pensar cinema. Por isso, metáporos pode ser um novo caminho para realizar pesquisas de novos objetos |
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Bibliografia | ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosófia. 5ª ed., Tradução: Alfredo BOSI. São Paulo, Martins Fontes, 2007.
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