ISBN: 978-85-63552-15-0
Título | Duas funções do uso da cor em filmes silenciosos no Brasil |
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Autor | Natália de Castro Soares |
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Resumo Expandido | Esta comunicação ancora-se em nossa pesquisa de mestrado sobre o uso da cor no cinema silencioso do Brasil e objetiva apresentar e exemplificar duas das funções do uso da cor encontradas nos materiais de época (cópias nitrato remanescentes) colorizados, do período silencioso do nosso cinema.
As funções do uso da cor que comentaremos são a que podemos chamar de “síntese por simplificação”, ou cor diegética, e a “síntese por simbolismo”, ou cor metafórica. Enquanto a síntese por simplificação tem o intuito de representar, através das cores, parte da realidade retratada, a síntese por simbolismo não remete a cores existentes em um mundo natural, mas o uso da cor atribui ou ajuda a atribuir a uma cena um sentido próprio, legível por causa de um código compartilhado pelos espectadores. Entre os casos encontrados de uso diegético da cor, está uma cena de churrasco em que o plano é tingido de vermelho, planos de vegetação e um panorama de fazenda tingidos em verde, imagens bicolores emulando aurora e pôr-do-sol e imagens bicolores da bandeira do Brasil, em amarelo e azul. Quanto ao uso cor metafórico da cor, podemos citar como exemplos o uso do azul para exterior noturno, uso do amarelo para perigo e do violeta para um plano de mulheres. Em alguns casos, as funções se entrelaçam e o uso da cor parece exercer tanto função diegética quanto simbólica. Os filmes que usaremos como exemplos são: (Hamburgo Velho – Novo Hamburgo) (título atribuído, Companhia Foto-Film Rio Grandense, data indefinida), [Fazenda Floresta de café] (título não confirmado, cia. produtora não identificada, 1927c), Jurando Vingar (Aurora Film, 1925), O Triumpho da Revolução Brasileira (Medeiros Film, 1930), Veneza Americana (Pernambuco-Film, 1925), Companhia Docas de Santos (cia. produtora não identificada, 1925-1928), Fragmentos da vida (Rossi Filme/Medifer, 1929), O Segredo do Corcunda (Rossi Filme, 1924) e São Paulo, symphonia da metrópole (Rex Film, 1929). |
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Bibliografia | AGFA. Manual de cinematografía. 1926 c.a.
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