ISBN: 978-85-63552-15-0
Título | A presença do cinema português no Diccionario del Cine Iberoamericano |
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Autor | Afrânio Mendes Catani |
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Resumo Expandido | O Diccionario del Cine Iberoamericano. España, Portugal y América (Madrid: SGAE/ Fundación Autor, 2011-2), se constitui em portentosa obra composta por 10 volumes (8 biográficos e temáticos e 2 dedicados às películas), com 8.956 páginas, 16.000 verbetes, 5.000 ilustrações e análise de 906 filmes, reúne 400 colaboradores de cada um dos 22 países investigados, estudando problemáticas culturais de 600 milhões de habitantes – além de Espanha e Portugal, há Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Coordenado por Emilio Casares Rodicio, o projeto consumiu 8 anos de trabalho, contando com a colaboração de grande equipe (coordenação editorial, documentação gráfica e secretaria técnica, além de diretores, editores e assessores – o diretor em Portugal foi João Bénard da Costa).
O objetivo da obra é “coletar, inventariar e documentar a cultura cinematográfica espanhola, portuguesa e americana, sua história, obras mais importantes e reveladoras, instituições mais representativas, seu complexo industrial e cultural, sua própria produção historiográfica e teórica, bem como seus protagonistas”. É o continuador de outros dicionários e publicações, merecendo destaque, quanto ao cinema português, o Dicionario do Cinema Português (1962-1988; 1989-2003), de Jorge Leitão Ramos; Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português (1896-1949), de Félix Ribeiro, além de catálogos da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema sobre importantes diretores, atores e roteiristas e os volumes publicados pela mesma Cinemateca sobre a produção dos anos 20 aos 60. Os 8 volumes iniciais abrangem importantes especialidades profissionais (direção, produção, roteiro, fotografia, direção artística, montagem, música, figurino, animação, interpretação), além de técnicos relevantes, historiadores, críticos, cartazistas, assistentes de direção, chefes de produção, distribuidores, exibidores, personalidades culturais. Os volumes sobre as películas contém 906 títulos, com ficha técnica e artística e detalhada sinopse argumental e comentário (historiográfico e analítico). Coordenado por João Bénard da Costa (1935-2009), que faleceu na fase final de elaboração dos trabalhos, o cinema português é representado no Diccionario por 825 verbetes biográficos (escritos por 26 autores) e 22 críticas de filmes (12 autores). Tais verbetes encontram-se assim distribuídos pelos 10 volumes, num total de 847: 1- 85; 2-142; 3-83; 4-99; 5-108; 6-111; 7-94; 8-103; 9-7; 10-15. A participação portuguesa é modesta, compreendendo cerca de 5% do total das vozes biográficas e menos de 2,5% das críticas de películas. Os principais colaboradores são: João Pedro Bénard (278 verbetes); João Carlos Viana (132); Tiago Baptista (90); Rui Santana Brito (80); João Bénard da Costa (57); Manuel Mozos (48); João Paes (31); António Roma Torres (25); Maria João Madeira (14); Manuela de Freitas (12); António Loja Neves (11); José Manuel Costa (9); José Mário Branco (8); Diana Soeiro (7). Das 22 críticas de filmes, João Bénard da Costa escreveu 6; Luís Miguel Oliveira 3; Luís de Pina, Maria João Madeira e Frederico loureiro, 2 cada. Manoel de Oliveira aparece resenhado 3 vezes (Amor de Perdição, Aniki Bóbó, Vale Abraão); João César Monteiro(Recordações da Casa Amarela, Vai e Vem) e José Leitão de Barros (Inês de Castro, Maria do Mar), 2 cada, além de Fernando Lopes (Uma Abelha na Chuva), José Cotinelli Telmo (A Canção de Lisboa), Pedro Costa (Juventude em Marcha), Rino Lupo (Os Lobos), João Botelho (Um Adeus Português), António Lopes Ribeiro (O Pai Tirano), Paulo Rocha(Os Verdes Anos). Em suma, ao apresentar esta pesquisa em andamento, cobrindo um século do cinema português, espero poder abrir alguns caminhos de investigação – e o presente Diccionario se constitui, creio, em poderosa ferramenta nesse sentido. |
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Bibliografia | BAPTISTA, T. A invenção do cinema português. Lisboa: Tinta da China, 2010.
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