ISBN: 978-85-63552-17-4
Título | A QUESTÃO DO FORMATO EM PROGRAMAS TELEVISIVOS |
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Autor | Angélica Coutinho |
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Resumo Expandido | A partir de 2013, a Agência Nacional do Cinema passou a fomentar através da Chamada Pública PRODAV 05 o desenvolvimento de projetos de obras audiovisuais seriadas e não seriadas, e de formatos de obra audiovisual, brasileiros de produção independente. No edital formatos são definidos como "criação intelectual original, externalizada por meio que assegure o conhecimento da autoria primária, que se caracteriza por estrutura criativa central, invariável, constituída por elementos técnicos, artísticos e econômicos, descritos de forma a possibilitar arranjos destes elementos para a realização de uma obra audiovisual seriada". Sabe-se que alguns países, como Israel, por exemplo, tem se destacado no cenário internacional pela capacidade de criação e exportação de formatos de games, realities e dramaturgia como "Sessão de Terapia", exibido no Brasil, por exemplo. Outro formato amplamente conhecido é o realityshow "Big Brother" criado pela empresa holandesa Endemol que no Brasil já chegou a sua décima-quinta edição. A questão que se coloca é como identificar um novo formato, em especial no que diz respeito à série de dramaturgia. Entendemos que nos casos de realityshows ou games, a definição de formato é mais clara pois eles preveem regras a serem repetidas em mundos culturais diferentes. No entanto, devemos lembrar o caso entre "Big Brother" e "Casa dos Artistas" que chegou a ser levado a justiça sem que cópia de formato ou plágio fossem identificados como uma questão passível de condenação. Logo, questionamos: formatos podem ser claramente definidos e registrados como domínios. Ademais, a questão torna-se mais complexo quando analisamos séries ficcionais. Como identificar na dramaturgia elementos originais que se repitam em mundos culturais diferentes? Como diferenciar o formato capaz de ser vendido para outros países de um remake ou adaptação? Como classificar, por exemplo, a versão de "Breaking Bad" realizada na Colômbia sob o título "Metastasis"? Observe-se ainda que, em geral, a ideia de formatos exportáveis está restrita às obras seriadas. A proposta desta comunicação é analisar formatos negociados no mercado internacional comparativamente a fim de identificar elementos que definiriam o conceito e a possibilidade de exportação de modelos pelas produtoras brasileiras. A análise levará em conta o fato de que pensar os formatos significa também considerar que não há em nenhum país do mundo uma legislação com definição de formato de programa televisivo colocando em questão a proteção jurídica e a comercialização de licenças. |
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Bibliografia | ANDRADE, Gustavo Heitor Piva Luiz de. FORMATOS DE PROGRAMAS DE TV E SUA PROTEÇÃO: UTOPIA OU REALIDADE. http://www.dannemann.com.br/dsbim/uploads/imgFCKUpload/file/GPA_Formatos_de_Programas_de_TV%281%29.pdf acessado em 28.02.2015
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