ISBN: 978-85-63552-17-4
Título | Por um cinema infantil: experiências de espaço e tempo nas fronteiras |
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Autor | César Donizetti Pereira Leite |
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Resumo Expandido | O presente trabalho objetiva discutir relações entre cinema e educação a partir do que temos chamado de produções de imagens por crianças no espaço pré-escolar. Tomamos como ponto de partida a possibilidade de pensar as fronteiras entre estes dois espaços e suas possibilidades ao habitar não um campo específico (o cinema) e nem outro (a educação). Procuramos habitar um ‘entre’, um lugar de encontros que permita a nós enveredar por reflexões que possam ocupar vários aspectos nestas duas áreas do conhecimento, assim, pretendemos apresentar uma reflexão naquilo que possa ser pensado como “experiência com cinema e educação”, desta forma nos parece necessário perguntar: o que pode o cinema na educação? O que pode a educação no cinema? O que pode os encontros entre cinema e educação?
A reflexão que propomos parte de pesquisas que temos desenvolvido nos últimos anos (apoio CNPQ/CAPES e FAPESP),estas pesquisas têm transitado entre estas duas temáticas, por isso mesmo constituindo linhas de fronteiras e produzido espaços plurais para aquilo que podemos chamar de geografias e suas heterotopias do cinema e da educação. Estes projetos possuem como propósito produzir, a partir das produções das imagens e das próprias imagens produzidas, experiências de pensamentos na escola, experiências que estão no campo da própria producão de subjetividade .Neste contexto, envereda a partir do cinema e de suas relações com a infância, produção de imagens e produção de subjetividade. O percurso que traçamos na escola consiste em oferecer filmadoras, máquinas fotográfica digitais e Ipads às crianças, que, sem roteiro prévio, ocupam o espaço escolar e produzem imagens em torno e a partir deles. Tomando como ponto de partida as imagens produzidas pelas crianças, elas nos oferecem um mundo de imagens povoadas de sensações vertiginosas, de visibilidades antes improváveis, de um tempo outro que rompe com a cronologia das narrativas tradicionais, as imagens produzidas pelas crianças nos oferecem uma experiência de pensamento com o cinema, nos permitem uma experiência com o cinema, ou ainda, uma experiência de um “cinema infantile”. Estas imagens permitem que algumas iniciativas possam emergir e que experiência fílmicas possam tomar forma, estas ocorrem tendo como ponto de partida não uma ideia, um roteiro, mas sim a ação, a experiência das crianças com as câmeras, invertendo, assim, uma lógica e colocando no início aquilo que aparece no final, e colocando como propósito aquilo que estaria nos começos, nos inícios, “a infância”. Nosso trabalho toma como ponto de partida algumas noções de fronteira e de experimentações com imagens e com produção de imagens, os espaços apresentados pelas imagens, espaços estrangeiros, de travessia, para isso nos pautamos em ideias de alguns autores que colaboram para o movimento de pensar a educação com o cinema. As reflexões se ancoram em autores como Giorgio Agamben, Michel Foucault, Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Jan Masschelein, entre outros. |
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Bibliografia | AGAMBEN, Giorgio (2005). Infância e História: destruição da experiência e origem da história. Editora UFMG. Belo Horizonte MG.
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