ISBN: 978-85-63552-21-1
Título | Cinemas em português: cinema nacional e transnacional |
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Autor | Leandro José Luz Riodades de Mendonça |
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Resumo Expandido | O estudo dos conceitos de cinema nacional e transnacional deve começar nesta apresentação com uma definição já consolidada registrada no texto de Higson. Seria, simplesmente um designativo para os filmes que foram feitos dentro de um determinado país. Esta simplicidade é, entretanto, enganadora e, o mesmo autor a divide em dois principais campos, o primeiro “define o cinema nacional em termos econômicos, estabelecendo uma correspondência conceitual entre os termos ‘cinema nacional’ e ‘indústria doméstica de filmes’, e, portanto, preocupado com questões como: ‘onde são feitos esses filmes e por quem? Quem controla e possui a infraestrutura industrial, as empresas produtoras, os distribuidores e os circuitos de exibição? ”
O Segundo campo existe como uma “possibilidade de uma abordagem baseada na análise fílmica do cinema nacional. Aqui as questões chave tornam-se: sobre o que são esses filmes? Eles compartilham um estilo comum ou uma visão de mundo? Que tipo de caráter nacional eles oferecem? Como extensão eles procuram ‘explorar, questionar e construir uma noção de nacionalidade dentro dos filmes e com a consciência do espectador? ” Aqui a complexidade da discussão e supor uma separação algo forçada, ter estilo comum ou existirem restrições temáticas pode, de muitas maneiras, advir de questões econômicas e não são perguntas puramente estéticas. Questionar ou construir uma noção de nacionalidade não é o centro de nenhuma cinematografia pode sim ser motivo para parte de um conjunto de filmes e ser, no máximo, uma das temáticas tratadas dentro do espaço de uma cinematografia nacional. Hjort e Mackenzie em seu livro “Cinema and Nation”, procuram, na introdução, expor um conjunto de termos como; - “hibridismo’, ‘multiculturalismo’, ‘transnacionalíssimo’, ‘nacionalismo’, ‘internacionalismo’, ‘globalização’, ‘cosmopolitismo’, ‘exílio’, ‘pos-colonialismo.’” . Importante a reparar aqui é a existência de uma ligação teórica às premissas pós-estruturalistas e uma mediação proposta como ligação entre os níveis de descrição do objeto em si. Esta descrição está ligada a um espaço “macrossociológico”. No mesmo texto se segue com a indicação de ser um dos problemas centrais lidar, convincentemente, com as dimensões nacionalistas de uma determinada obra. Essa proposta pretende a construção de lócus onde se unificam estes pensamentos para lidar com a possibilidade exposta por Higson de ser possível a existência de ”uma abordagem liderada pela exibição ou pelo consumo o cinema nacional” Aqui “ a principal preocupação tem sido sempre fazer a pergunta de qual os filmes a audiências estão assistindo” Esta posição onde encontramos nos textos (na introdução) é um indício do efeito, algo natural, de listar uma série de termos, que podem ser conceituados ou não e certamente não implica em assumi-los (os termos) todos como operativos ou operadores conceituais. Também nesta comunicação isso ocorrerá e, o importante, a meu ver, é notar que gravita, de uma maneira geral, ligações entre a ideia de cinema nacional como representante de algum tipo de nacionalismo. Fato talvez derivado do período da construção dos nacionalismos europeus no século XIX e herdado pelas disputas profundas disputas nacionais no início do séc. XX. |
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Bibliografia | Referências bibliográficas:
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