ISBN: 978-85-63552-21-1
Título | Spcine e o fomento audiovisual no ambito do município de São Paulo |
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Autor | André Piero Gatti |
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Resumo Expandido | O município de São Paulo é um dos maiores produtores de audiovisual da América Latina. Desde os anos de 1950, por ocasião da primeira tentativa de industrialização e o surgimento de um sistema de estúdios, que foi composto por importantes estúdios, onde se destaca a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, há uma tentativa de envolver o poder público local no sentido de incentivar a criação de uma política setorial. Na realidade, foi em São Paulo onde surgiu o primeiro fomento público direto de apoio à produção cinematográfica, por ocasião da criação do Adicional de Renda (AR), que foi instituído pela recém surgida Comissão Municipal de Cinema (CMC).Este mecanismo será o responsável pela consolidação da figura de Oswaldo Massaini e a sua empresa a Cinedistri, primeiro uma companhia distribuidora e, depois, produtora, inclusive, a Cinedistri foi responsável pela realização do único filme brasileiro ganhador da cobiçada Palma de Ouro, Festival de Cannes , 1962 e pela consolidação do quadrilátero da Boca do Lixo, na virada da década de 1960 para a de 1970, quando São Paulo se tornou o maior produtor cinematográfico do Brasil, suplantando, de maneira inédita a cidade do Rio de Janeiro, hoje o maior pólo de produção cinematográfica do País. Nos anos Embrafilme (1969 - 1990), a produção de São Paulo ficará um pouco distante das políticas encetadas pela empresa estatal distribuidora, ainda que com breves lampejos na gestão de Carlos Augusto Calil e Fábio Magalhaes. Nos anos de 1990, com o fim do tripé estatal :Embrafilme, Concine e Fundação do Cinema Brasileiro (FCB), a política pública setorial se localizará, basicamente, na cidade do Rio de Janeiro, onde surgiu a Riofilme S.A., isto em 1991. Na realidade , a Riofilme será o elemento inspirador da criação de um órgão semelhante no âmbito do município de São Paulo, tal tentativa se deu por ocasião do surgimento de uma Comissão (1999) para estudar a viabilidade de uma empresa distribuidora no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), na gestão do secretario de cultura Rodolfo Konder, Devido à crise política daquele momento, o projeto da SP Filmes foi abortado. Entretanto, em 2001, por pressão dos setores organizados do campo audiovisual, o então vereador Vicente Candido irá propor a criação do Centro Municipal de Cinema, mas o mesmo não conseguiu alcançar seus objetivos e será engavetado. Porém, em 2013, o prefeito Fernando Haddad convidou Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, para ser secretario municipal de cultura, que entre suas várias ações, vislumbrou a institucionalização de uma agencia audiovisual para o setor. O projeto que inicialmente contou com o apoio da Ancine e do governo do Estado de São Paulo, foi encaminhado como Projeto Lei do executivo em 2014 e , em 2015, foi aprovado na Câmara dos Vereadores do Município e depois sancionado pelo prefeito Haddad. Na prática, o projeto foi articulado pela figura do gestor Alfredo Manevy, então secretario-adjunto, que, na gestão do secretario Nabil Bounduky ultimou os recursos necessários para a definitiva implantação da Spcine. Hoje a Spcine está num processo de consolidação da empresa-agencia , que de maneira inédita está realizando uma serie de atividades, tais como : exibição, produção , distribuição, iniciação, formação etc. |
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Bibliografia | ELBERSE, Anita. Blockbusters: como construir produtos vencedores no negócio do entretenimento. São Paulo: Campus Elsevier, 2013. |