ISBN: 978-85-63552-21-1
Título | Projet'ares Audiovisuais v.5 [montagem, sci-fi & motion graphics] |
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Autor | MILENA SZAFIR |
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Resumo Expandido | Visamos dialogar junto a esse novo Seminário Temático, sobre uma pesquisa que temos incubada [por vezes em desenvolvimento] ao longo dos últimos quinze anos: “cinema e literatura” pensados desde obras no gênero da fantasia e ficção científica [surgidas com os precursores do cinema, assim como os realizadores dos cinemas de vanguarda] , “palavra e imagem” analisadas e trabalhadas também na prática [entre a teoria e a experiência estética] em realizações de videoarte, videoinstalação, performances audiovisuais, webTV, filme-ensaio, vídeo-remix e vídeo online na transdiciplinaridade com os estudos de motion graphics [design em movimento], que têm Saul Bass e Norman McLaren como precursores. Ainda que tal apresentação se origine do projeto original de mestrado (2007) sobre as obras de Phillip K. Dick em comunhão às “novas” tecnologias e um cinema sci-fi – em que pensávamos a linguagem videográfica como propulsora de afetos distópicos auto-conscientizadores sobre a realidade através de experimentações entre a palavra escrita, o som, a imagem gráfica (extra-figurativa) e a performance interativa –, partiremos de um viés metodológico do processo audiovisual desenvolvido junto aos alunos de graduação nas disciplinas “Expressões Contemporâneas II” (2013, 2015), “Laboratório de Efeitos Especiais” (2016) e “Oficina de Edição e Montagem” (2013-2016) que tenho ministrado no curso de Cinema e Audiovisual da UFCE. Assim, ao trabalharmos através de uma aprendizagem compartilhada sobre processos de montagem como base de toda e qualquer produção artística (Benjamin, 1996), voltamos a mergulhar nas obras literárias de E.T.A. Hoffmann e em um leque de cinematografias que intermediam debates sobre a construção estética no âmbito da imagem-linguagem audiovisual entre Farocki, Protazanov, Lucas, Scott, Lang e outros, que em comum possuem uma esfera conceitual-contextual, ainda que numa heterogeneidade de gênero, o que enriquece, acreditamos, a pesquisa sobre o fazer videográfico. Reiteramos nosso viés anti-fetichista com respeito à utilização das “novas” tecnologias, ainda que trabalhemos em experimentações entre a moviola, as mesas de edição eletrônico-analógicas, a edição não-linear computacional [softwares], dispositivos móveis e Internet. Dessa maneira, a palavra falada – declamação de poesias e textos diversos – aliada à música e efeitos sonoros torna-se o fio condutor de processos de edição e montagem audiovisual em nossas experiências (o contrário do que costumeiramente ocorre no processo cinematográfico não-experimental, em que as imagens são trabalhadas previamente à trilha sonora). Aqui, as imagens não visam traduzir tais estímulos sonoros, mas são elaboradas sinestesicamente afim da geração de um filme-ensaio na cultura digital, para diálogo reflexivo com o e[x-]spectador. Ou seja, em companhia de autores como Ginzburg, Lupton, Rush, Eisenstein, Dondis, Krasner, entre outros, tentaremos expor nossas análises – de maneira alguma conclusivas – sobre o cruzamento entre cinema, design gráfico e experimentação da/ na(s) forma(s) audiovisual(is). O audiovisual como um instrumento de conhecimento que, aliado ao kino-grafismo [motion graphics], amplia e complexifica possibilidades estéticas da montagem a uma politização da arte: o vídeo como uma forma de pensamento e escrita dialógica com o(s) outro(s). |
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Bibliografia | AMIEL, V. Estéticas da Montagem. Lisboa: Ed. Texto&Grafia, 2010. |