ISBN: 978-85-63552-21-1
Título | Etnoficção e representação na narrativa oral andina de “La escuela de Cuzco” |
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Autor | Carlos Francisco Pérez Reyna |
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Resumo Expandido | A produção fílmica desenvolvida pela chamada “Escuela de Cuzco” dos anos cinquenta está baseada fundamentalmente pela realização de curtas de filmes etnográficos. Contudo, Kukuli (1961) é um ponto de inflexão cinematográfica no Peru andino, pois ao propor dar “autenticidade” à representação feita no filme, os diretores decidem amalgamar o filme de ficção e o filme etnográfico. Nesse sentido, esta proposta procura entender quais são esses diálogos estéticos e culturais presentes no filme acima mencionado.
Esta proposta é o resultado dos desdobramentos da comunicação realizada na última SOCINE, “Molduras sócio históricas do filme andino Kukuli (1961)”. Após pesquisas particulares percebemos que o filme é importante por várias razões: em princípio, na história do cinema peruano, foi a primeira adaptação da narrativa oral andina falada no idioma Quéchua. Segundo, anos prévios à produção do filme, entre os anos 1950 e 1960, surge nos Andes do sul uma abertura de mentalidades nas quais se destacam o surgimento de uma nova estética indigenista, a construção de novas salas de exibição e a fundação do “cine club Cuzco”. Finalmente, Kukuli é um filme híbrido, parte ficção parte documentário (NICHOLS, 1997; METZ, 1977). O próprio Luis Figueroa, um dos diretores do filme, explica que o objetivo era “hacer la película en los lugares de origen, darle participación al pueblo y a los campesinos, y poner actores que no rompieran com ese comportamiento tan espontáneo, tan natural” (CARBONE 1993, 122). A história do cinema é abundante destas experimentações do fazer cinematográfico, fusionado gêneros e expandindo fronteiras. No nosso caso, qual o diálogo entre que se estabelece entre o saber etnográfico e a estética cinematográfica. Dessa maneira, o que queremos saber quais são os elementos híbridos apresentados no filme. É lícito chamar o filme Kukuli de etnofição? Podemos chama-lo cinema transcultural, aos moldes da proposta feita por David MacDougall em seu Transcultural Cinema (1998)? |
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Bibliografia | CARBONE, Giancarlo. El cine en el Perú, 1950-1972: testimonios. Lima: Universidad de Lima, 1993.
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