ISBN: 978-85-63552-24-2
Título | Idiossincrasias da diversidade no filme português O fantasma |
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Autor | Wilton Garcia |
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Resumo Expandido | O que comporta a cena cinematográfica contemporânea são tendências razoavelmente imprecisas de temáticas complexas. Idiossincrasias da diversidade, no cinema atual, ajuda a equacionar a qualidade inventiva de ver/ler sobre coisas divergentes no mundo. Trata-se de uma inclusão político-cultural que pretende, de algum modo, tentar alargar o jeito de pensar, fazer e/ou assistir um filme hoje. O cinema cada vez mais permite o desenvolvimento criativo de diferentes abordagens, como a condição adaptativa das relações humanas. Pensar a respeito da capacidade de tocar metaforicamente o/a espectador/a faz qualquer película tornar-se especial para estimular a sensibilidade da plateia. Reconhecer essas atitudes no discurso cinematográfico seria potencializar a percepção sobre a vida. O papel da ficção entrelaça-se à dinâmica da sociedade em busca da felicidade. É fascinaste a ideia de ser feliz. Por isso, a expressão da felicidade no cinema, então, floresce o encantamento do desejo, sobretudo com a diversidade. A constituição do cinema, agora, coloca “novas/outras” manifestações narrativas, temáticas e tecnológicas no contexto fílmico, as quais envolvem questões de atualização e inovação, inclusive com o fluxo da criatividade. Essas manifestações produzem a ampliação no universo cinematográfico, ao abranger os meios audiovisuais na cultura contemporânea. A congruência de desfechos técnicos, estéticos e éticos sinalizam o campo da produção da imagem, ainda mais no cinema atual. Nesse sentido, a linguagem (a cultura, a representação e/ou a estética) do cinema atual torna-se transnacional. Observa-se, cada vez mais, valores globalizados que se desdobram nas narrativas atuais, pois tem o interesse globalizante, divergente da situação mais regional e/ou local). Nesse caso, observar o cinema português é fundamental como exemplificação para a nossa realidade cinematográfica brasileira. E, disso, surge a inquietação em forma de pergunta: o que caracteriza os produtos audiovisuais como estratégico da diversidade hoje? Ou ainda, como o cinema pode/deve tratar a diversidade? Este trabalho organiza uma leitura crítico-conceitual sobre a diversidade no filme português "O fantasma" (2000, 90 minutos), com direção de João Pedro Rodrigues. Tal escopo mostra idiossincrasias da diversidade em suas variantes pontuais, a inscrever alteridade e diferença – entre corpo, performance e fetiche. Nesta película, o/a espectador/a testemunha nebulosos caminhos secretos do protagonista Sérgio (Ricardo Meneses). Seus mistérios e segredos pulsam em uma carga intensa de experiência e subjetividade, perante mediações sincréticas de uma narrativa profusa e insólita. Durante a trama, esse personagem vivencia uma experiência insólita (de)marcada de artimanhas. Assim, a produção de conhecimento atrela-se à produção de subjetividade, ao estabelecer os estudos contemporâneos. Tais estudos aproximam uma linhagem entre os estudos culturais (Canclini, 2016; Eagleton, 2012; Hall, 2002) e as tecnologias emergentes (Yúdice, 2016). Essa aproximação promove uma atualização de qualquer leitura. Já o percurso metodológico, neste estudo, ancora-se em uma leitura crítico-reflexiva com três níveis distintos, porém complementares: observar, descrever e discutir fragmentos dessa narrativa cinematográfica, baseada pelo campo teórico-conceitual dos estudos contemporâneos. Esses níveis arquitetam o modus operandi dessa leitura, a fim de explorar alguns aspectos econômicos, identitários, socioculturais e/ou políticos. Como resultado dessa escrita ensaística, estratégias discursivas privilegiam a produção de conhecimento e subjetividade no campo do cinema atual (Stam, 2003; Waugh, 2000; Nagib, 2012). Da dimensão teórico-política, trata-se de um esforço – como desafios da linguagem emergidos na narrativa fílmica – que tangencia quatro tópicos – Da Película; Do Corpo; Da Performance; e Do Fetiche. |
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Bibliografia | AREAL, L. Os tabus do cinema português. In: Atas do II encontro anual da AIM. Lisboa, p. 340-35, 2013. |