ISBN: 978-85-63552-24-2
Título | No abismo da escrita: o ato de criar roteiros cinematográficos |
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Autor | Victor Vinícius do Carmo |
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Resumo Expandido | O cinema é tido como a arte da imagem em movimento. O filme é tido como o seu produto final e, consequentemente, é o objeto mais estudado. Entretanto, o fazer cinematográfico está além de compor apenas imagens e reproduzi-las. No meio do processo, entre o início e o fim, existe uma série de etapas que, cada uma a sua maneira, compõe um filme. Aqui focamos no roteirista e em sua obra, o roteiro. Lançamos olhares também à compreensão de como o roteirista se insere nesse processo de escrita. O papel do roteiro é muitas vezes relegado a uma noção de guia, de algo transitório, como aponta Carrière e Bonitzer (1996). O nosso trabalho é investigar possibilidades de existência para esse texto: ele é mesmo passageiro? É algo que perdura mesmo quando o filme está finalizado? É literatura? É arte? Qual a essência do roteiro? Para além da discussão de conceitos e definições fixas, apontamos com esse estudo possíveis caminhos para se compreender o roteiro cinematográfico e quem o escreve. Levamos em consideração que a obra (o roteiro) carrega algo de seu autor (o roteirista). Por este motivo, a nossa reflexão é permeada pela noção de subjetividade de Sartre (2009). Acreditamos que isso propicia uma discussão que aborde o processo de escrita, bem como o que vem após ele. Assim, a pesquisa parte da leitura de autores da área da literatura, do estudo de roteiros e do cinema, no geral, em prol da construção de um conhecimento acerca do processo de escrever roteiros cinematográficos. Identificamos o roteiro como uma obra independente. Não nos aprofundamos em conceitos e nem na ideia do roteiro como arte, como literatura ou mesmo na crítica da efemeridade apoiada por tantos autores. O nosso objetivo é explicar que assim como qualquer obra de arte, o roteiro é um reflexo de seu criador. Para que possamos compreender o processo que ocorre entre roteirista e roteiro, é preciso entender como funcionam as duas instâncias. Iniciamos lançando olhares sobre o roteiro, passamos pelo ato de escrever do roteirista e encerramos buscando compreender o complexo jogo da escrita cinematográfica. |
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Bibliografia | AUMONT, Jacques. As teorias dos cineastas. Campinas: Papirus, 1995. |