ISBN: 978-85-63552-24-2
Título | O Ensaístico no Cinema de Carlos Nader |
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Autor | Francisco Elinaldo Teixeira |
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Resumo Expandido | Uma arqueologia do ensaístico no cinema brasileiro, diferentemente do experimental que se lança ao final do período silencioso, começa a ganhar uma configuração relevante a partir dos anos de 1970, década de grande retomada e impulso do experimental com seus desdobramentos ensaísticos em filmes como Câncer (Glauber, 1968-72), Nosferatu no Brasil (Ivan Cardoso, 1971), Jardim de Guerra (Neville d'Almeida, 1970) Cosmococas (Oiticica, 1973), O Vampiro da Cinemateca (Jairo Ferreira, 1977), Di-Cavalcanti (Glauber, 1977) etc. Nos anos de 1980 o ensaístico adquire uma inscrição marcante, "filme de ensaios", em O Cinema Falado (Caetano Veloso, 1986). Impulsionado pelos debates das novas estilísticas documentais e videográficas, dos anos de 1990 em diante, o ensaístico ascende ao primeiro plano como referência estético-construtiva desde os anos 2000, com filmes como Um Passaporte Húngaro (Sandra Kogut, 2001), 33 (Kiko Goifman, 2002), Rua de Mão Dupla (Cao Guimarães, 2004), Santiago (João Salles, 2007), Jogo de Cena (Eduardo Coutinho, 2007), Pan Cinema Permanente (Carlos Nader, 2008), entre outros. Desde sempre marcada por uma disposição experimental, a filmovideografia de Carlos Nader está pontuada de traços ensaísticos que se intensificam com Pan Cinema Permanente, adquirindo grande visibilidade em seus dois últimos filmes-ensaios, Homem Comum (2014) e A Paixão de JL (2015), com forte presença de seu olhar subjetivo no qual seus movimentos e processos de pensamento articulam a construção fílmica em todo o seu desenrolar. Tal será o objeto dessa comunicação, com foco no que ambos os filmes reiteram entre si e divergem. |
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Bibliografia | Teixeira, Francisco Elinaldo. Cinemas 'não narrativos'; Experimental e Documentário - Passagens. São Paulo: Alameda, 2013; |