ISBN: 978-85-63552-24-2
Título | O Deserto Azul de Eder Santos - paisagens futuristas |
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Autor | Celiene Santana Lima |
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Resumo Expandido | O Brasil não é um país com tradição de produções cinematográficas de ficção científica. Ainda assim, o vídeo artista e diretor mineiro, Eder Santos, se lançou ao desafio de rodar um filme cujo roteiro de ficção científica aborda as angústias que perseguem o homem e sua relação com o meio, mas que, principalmente, traz uma série de referências estéticas da arte e da arquitetura. O filme Deserto Azul (2014) teve como grande parte das locações uma exposição montada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, em 2009, que reuniu obras de 16 artistas nacionais e internacionais. A montagem da exposição foi uma solução encontrada pelo diretor e curador, como uma maneira de conceber o cenário futurístico do filme. Sobre as paisagens de ficção científica Aline Fátima Martins (2004), afirma que as cidades são personagens centrais, retratadas de diversas maneiras, muitas delas através da devastação das guerras ou através de ameaças, seja das máquinas ou se seres não identificados ou até mesmo viajantes do tempo, no entanto, muitas destes cenários são criados através da computação gráficas. No caso do filme Deserto Azul, a arquitetura urbana de Brasília e a paisagem natural do Deserto do Atacama no Chile, ou seja, paisagens reais, buscam criar uma identificação com um provável futuro. Para completar este cenário o filme ainda se apropria da obra de arte, instalações artísticas, que se entrelaçam com as paisagens para compor um cenário imaginário e futurista. Nesta análise notamos o processo de escolha das locações em Brasília e no Atacama, como também a seleção e montagem da exposição, isto é, observamos como estes diversos elementos se agregam para conceber o cenário fílmico de Deserto Azul. |
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Bibliografia | ALVES, Lara Moreira. “A construção de Brasília: uma contradição entre utopia e realidade”. In: Revista de História da Arte e Arquitetura. Campinas: Programa de Pós-Graduação do Departamento de História, 2005. Disponível em http://cpdoc.fgv.br/brasilia/mais; acesso em 12/01/2017. |