ISBN: 978-85-63552-24-2
Título | O caso Charlie Hebdo através do telejornal infantil “Journal Junior" |
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Autor | Mariana de Souza Gomes |
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Resumo Expandido | Decerto, algumas imagens podem perturbar as crianças, sobretudo aquelas que ilustram imagens chocantes da realidade, encontradas nos telejornais, por exemplo. É também através da televisão que uma criança pode entrar em contato com outras sociedades e culturas, podendo estabelecer uma ideia de mundo e como se sociabilizar através do mesmo. Através deste mote, um telejornal infantil foi criado em 2014 pelo canal franco-alemão ARTE. Este telejornal é direcionado ao público infantil de 8 a 13 anos e tem duração de quinze minutos, sendo apresentado nas manhãs dominicais na França. Através do Journal Junior, um quadro com o perfil de uma criança em alguma parte do mundo e informações da atualidade são discutidas e apresentadas às crianças de forma didática; temas estes como o combate ao vírus Ebola e até mesmo o caso do atentado ao jornal Charlie Hebdo. Desta forma, como um acontecimento trágico é mostrado para crianças? Que tipo de informação e escolha de imagens pode ou deve ser mostrado em um telejornal infantil? Nesta presente comunicação, pretendo analisar em um primeiro momento o conceito de “promessa” (Jost, 2004) realizado por este programa infantil, que estabelece uma ligação entre os dois comunicantes, bem como a linguagem adotada pelos jornalistas e pela produção deste programa. As imagens presentes neste programa também são meu objeto de estudo nesta pesquisa, fundamentado através da regra 3-6-9-12 de Tisseron (2014) sobre o tipo de imagens às quais crianças se veem confrontadas através da multiplicidade de telas. Em um segundo momento, pretendo analisar igualmente o conceito de programa cultural e de televisão educativa, que muitas vezes se traduz por uma hiperpedagogia nos programas infantis. Para tal, guiarei minha análise à luz de Camille Brachet (2010), Duek (2014) e Machado (2009). |
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Bibliografia | BRACHET C. (2010) Peut-on penser à la télévision ? La Culture sur un plateau. Paris : Le Bord de l’Eau, INA. |