ISBN: 978-85-63552-26-6
Título | O duelo de Marie Menken e Andy Warhol: por uma arte anti-romântica? |
|
Autor | Ivan Amaral dos Reis |
|
Resumo Expandido | Marie Menken (1909-1970), cineasta e artista plástica, nascida em Nova York e filha de imigrantes lituanos, é considerada por amigos próximos, como Stan Brakhage, como uma influência definitiva para muitos cineastas da vanguarda norte-americana do cinema. A teoria e a crítica acerca de sua obra, ao reconhecer tal influência, no entanto, a inscreve em tradições de realização como a do filme lírico e a do filme-diário, sem perceber que a proposição formal de Menken a afasta substancialmente de qualquer espécie de estética romântica. Tomando como exemplo um found-footage em 16mm, exibido pela primeira vez por meio do filme Notes em Marie Menken, de Martina Kudlaceck, sem data ou títulos precisos, nunca exibido em nenhum circuito ou ciclo de filmes, degradado pela má conservação, no qual Andy Warhol e Marie Menken encenam um duelo de câmeras Bolexes 16mm, podemos investigar mais a fundo a proposta cinematográfica de Marie Menken. Valendo-se da análise da forma de seus filmes, do uso do single-frame, da montagem na própria câmera, e da descontinuidade, a proposta é situar o horizonte estético de realização de Marie Menken em sintonia com a proposição de Melissa Ragona, a primeira a sugerir um distanciamento da realizadora em relação à alocação de sua obra como resultado do filme-lírico e do filme-diário, ocasionada por meio dos escritos de P. Adams Sitney e David E. James, respectivamente. Também nos valemos da teoria de Vilém Flusser acerca do aparato fotográfico para contrapor a proposição mais recente de P. Adams Sitney, do livro Eyes Upside Down, que classifica o cinema de Menken como resultado do que chama de “câmera-somática”. |
|
Bibliografia | BRAKHAGE, Stan. Film at Wit’s End. Eight Avant-Garde Filmmakers. New York: McPherson, 1991. |