ISBN: 978-85-63552-26-6
Título | Narrativas sociais no Cinema popular da Guiné-Bissau |
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Autor | Paulo Cunha |
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Resumo Expandido | No pós-independência, o cinema foi uma importante ferramenta para construir e consolidar uma identidade colectiva para a Guiné-Bissau, justificando a criação do Instituto Nacional de Cinema (1978). Décadas volvidas, o cinema guineense foi perdendo protagonismo e pertinência política e social, ao ponto de não existirem actualmente estruturas convencionais de produção, distribuição e exibição cinematográfica. Na situação actual, o cinema sobrevive numa lógica informal e alternativa em relação aos meios mais convencionais, reconfigurado graças aos novos meios digitais e influenciado pelas práticas produtivas de países africanos com iguais limitações e condicionalismos técnicos e financeiros, nomeadamente Nollywood. Se filmes como O Regresso de Cabral (1978, Sana Na N’Hada), Mortu Nega (1987, Flora Gomes) e Xime (1993, Sana Na N’Hada) foram documentos importantes para consolidar uma narrativa nacional que passava pela memória da luta contra o colonizador pela independência, o que narram agora filmes de produção amadora ou semi-profissional como Baasal ittat Dimaagu (2003, Mamadu Candé), Clara di Sabura (2011, Carlos Lopes), Polícia à tras dos Os como é que é (2013, Umaro Tcham), Cassamenti di Interessi (2014, Rainel dos Santos) ou A Lei da Tabanca (Bigna Tona Ndiba, 2016)? O propósito deste trabalho é identificar as principais narrativas sociais do cinema Bissau-guineense popular produzido no séc. XXI, nomeadamente qual o lugar da mulher, da autoridade, do trabalho e da política na sociedade Bissau-guineense contemporânea. |
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Bibliografia | BALOGUN, Françoise (2007). “A explosão da videoeconomia: o caso da Nigéria”. In: MELEIRO, Alessandra. Cinema no Mundo: indústria, política e mercado. África. São Paulo: Escrituras Editora, pp. 191-204. |