ISBN: 978-85-63552-26-6
Título | A disputa territorial (da) doméstica no cinema latino-americano |
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Autor | Licia Marta da Silva Pinto |
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Resumo Expandido | Nossa discussão será pensada a partir de dois filmes contemporâneos latino-americanos: La Teta Asustada (Peru, 2009) e Que Horas Ela Volta? (Brasil, 2015). Estes apresentam em sua narrativa a empregada doméstica como personagem principal e consequentemente abordam as problemáticas presentes nessa relação trabalhista marcada por hierarquias, desigualdades e subserviência. Nossa análise se baseará no deslocamento desses personagens pelo espaço urbano e como ele se diferencia do deslocamento da personagem patroa e seus familiares, visto que, segundo Rossana Tavares (2015) os corpos que atravessam as grandes metrópoles se diferenciam por categorias como classe social, raça, gênero, entre outros. Sendo assim, lançaremos mão de autores que pensem a questão do território e suas disputas como Doreen Massey (2000) e Rogério Haesbaert (2014), além de autores decoloniais como Aníbal Quijano (2005) e/ou que tratem da modernização deficitária ocorrida na América Latina, como Canclini (2000), para pensarmos na representação dessa prática trabalhista subalterna que se constitui como um claro exemplo da permanência de práticas coloniais na contemporaneidade latino-americana. Por meio desse arcabouço teórico, analisaremos cenas dos filmes escolhidos que consideramos pontuais para abordamos as disputas territoriais, os limites (arquitetônicos e simbólicos) impostos dentro das casas e o deslocamento da personagem empregada pelos espaços, fazendo com que a empregada atue como uma verdadeira imigrante (CANCLINI, 2016) na relação de trabalho que se constitui. |
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Bibliografia | ALMEIDA, Maria Suely Kofes de. Entre nós Mulheres, Elas as Patroas e Elas as Empregadas. |