ISBN: 978-85-63552-26-6
Título | Filme-ensaio e subjetividade |
|
Autor | Francisco Elinaldo Teixeira |
|
Resumo Expandido | Os processos de criação de filmes-ensaio se intensificaram na cultura audiovisual contemporânea, com um traço característico que é a inscrição da subjetividade do ensaísta enquanto modo de singularização de seu próprio ato de pensamento. Ou seja, nesse território/domínio ou concepção da realização fílmica, a presença do realizador é um elemento/material fundamental do processo de criação, indicador de um ato de pensamento que lhe é imanente. A princípio tratado de maneira genérica como modo "performativo" ou "poético", tal relevo da subjetividade se intensificou e operou através das presenças em corpo e voz do ensaísta, ou com a contaminação de ambas. Mas há um terceiro modo de inserção da presença subjetiva que, na investigação em curso, poderemos nome de criação de "intercessores"/"personagens conceituais" e que prescinde da imagem visual em corpo e da imagem sonora em voz do ensaísta. Em tal modo de presença uma espécie de terceira pessoa opera a condução dos processos de pensamento, desdobrando ao mesmo tempo um outro de si e um outro como alteridade que remete propriamente ao domínio público, momento em que a relação eu-mundo se intensifica e expande. O objetivo de minha comunicação é tratar dessas inscrições da subjetividade no filme-ensaio contemporâneo, vislumbrando os diversos níveis de complexidade aí alcançados. |
|
Bibliografia | Teixeira, Francisco E. - O ensaio no cinema: formação de um quarto domínio das imagens na cultura audiovisual contemporânea. São Paulo: Hucitec, 2015. |