ISBN: 978-85-63552-26-6
Título | Cinema, Amazônia e Colonialidade |
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Autor | Claudio Aurelio Leal Dias Filho |
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Resumo Expandido | Este trabalho tem como objetivo analisar produções cinematográficas brasileiras que tratam da colonização da Amazônia brasileira, nos anos 70, tendo como referencial bibliográfico o escopo teórico e conceitual da colonialidade e decolonialidade. Os filmes a serem analisados são “Bye Bye Brasil”, de Caca Diegues; e “Amazonas Amazonas”, de Glauber Rocha. A proposta é fazer um estudo comparado e analisar o discurso produzido nessas produções sobre a Amazônia, colonização e a busca de intensificação da modernização na região amazônica, além dos conflitos culturais e sociais por ele causados. Existiria uma persistência de dispositivos de colonialidade na produção dessas obras cinematográficas? Há elementos de decolonialidade? O cinema nacional, registrou esses conflitos através de histórias ficcionais e documentais ou doc-ficcionais, como é o caso de “Iracema uma Transa Amazônica”, de Jorge Bodanzky –, que mescla roteiro ficcional com depoimentos de populares que viveram aquele momento histórico. Esses filmes foram produzidos ainda durante o próprio processo ao qual eles se referiam, utilizando como cenário a própria região, o que os tornam documentos áudio visuais daquele período. Como discursos fílmicos diferenciados as obras produzem também, significados e objetivos diferenciados. O lugar social da produção da obra é fator determinante no seu resultado. Os filmes a serem estudados possuem diferenças de abordagens e significações. Inicialmente a metodologia se constituirá de revisão bibliográfica, com leituras e apropriação das noções e/ou conceitos relacionadas à bibliografia referente a modernidade, colonialidade e decolonialidade. A pesquisa tem referências teórico – metodológicas nos estudos da linguagem cinematográfica, com a colaboração da estética. Análise das obras selecionadas relacionadas ao tema proposto buscando analisar o discurso fílmico a partir do método de análise fílmica. Ao realizarmos uma análise fílmica, é importante desenhar o contexto de produção da obra estudada. Essa localização em que a obra foi produzida é necessária para o estudo do filme, pois colabora na sua significação e construção de sentidos. Segundo Vanoye, o filme: [...] é um produto cultural inscrito em um determinado contexto sócio-histórico. Embora o cinema usufrua de relativa autonomia como arte (com relação a outros produtos culturais como a televisão e a imprensa), os filmes não poderiam ser isolados dos outros setores de atividade da sociedade que os produz (quer se trate da economia, quer da política, das ciências e das técnicas, quer, é claro, das outras artes). (VANOYE, 1994, p. 54-55). A busca de uma compreensão aprofundada da relação do filme com a sociedade passa pelo entendimento do contexto de sua produção; e o entendimento do filme pode também possibilitar a entrada no universo sócio-histórico onde o filme fora produzido: O objeto da análise fílmica será o discurso que está contido na mensagem de um filme a respeito da imagem e do som. O filme constitui um ponto de vista sobre este ou aquele aspecto do mundo que lhe é contemporâneo. Estrutura a representação da sociedade em espetáculo, em drama e, é essa estruturação que é objeto dos cuidados da análise. Mesmo uma película que faz críticas ao processo de colonização pode incorrer em práticas de colonialidade e a pesquisa sobre a produção cinematográfica relacionada ao processo de ocupação da Amazônia, pode propiciar uma reflexão sobre processos de colonialidades e decolonialidades presentes na história contemporânea brasileira, bem como na sua produção cinematográfica. O cinema, sendo uma produção estética artística também é um documento histórico, que possibilita a analise e melhor entendimento do discurso produzido em seu tempo. Levantando questões sobre o papel desempenhado pelo cinema, enquanto elemento de produção e reprodução de determinados valores e atitudes culturalmente vigentes na sociedade. |
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Bibliografia | BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Disponivel em: |