ISBN: 978-65-86495-01-0
Título | Muitas glorias e algumas aleluias |
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Autor | Antonio Carlos Tunico Amancio da Silva |
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Resumo Expandido | Muitas glorias e algumas aleluias Gloria é um nome próprio feminino com um forte componente autoexplicativo, de raízes religiosas, associadas à Virgem Maria. Seus significado se estende para honra e brilho, distinção, alta reputação e nobreza. Diz-se que o antropônimo chegou aos falantes de língua inglesa em 1891, sendo popularizado pela escritora americana Emma Dorothy Eliza Nevette Southworth, ou EDEN Southworth em uma novela com o mesmo nome. Isto nos interessa porque EDEN ficou conhecida por suas mulheres fortes, cheias de virtude e inteligência, aventureiras e rebeldes, aptas a lidar com qualquer situação. E também porque tais atributos nos levam a pensar em algumas representações das “Glorias” no cinema, personagens com enorme capacidade de enfrentar as vicissitudes de um mundo machista e hostil. Assim, de “Gloria” de John Cassavetes (1980) e sua refilmagem em 1999 por Sidney Lumet, filmes de diferentes recepções críticas, a “A Glória e a Graça”, de Flavio Ramos Tambellini, de 2017, vamos investigar recorrências e rupturas na construção dessas figuras femininas, postas em situação dramática em contextos distintos. Há neste intervalo outras aparições, não menos ricas de apontamentos para reflexão: a “Gloria” do chileno Sebastian Lelio de 2014 e seu remake “Gloria Bell”, feito pelo próprio realizador, agora com a chancela americana, em 2018. Fazem parte desta galeria também as personagens do mexicano “Gloria, Diva suprema”(2015), de Christian Keller, sobre um dos ícones pops nacionais, a personagem Gloria do filme “Praça Paris”, de Lucia Murat, (2017) e Verônica ( 2008), na obra homônima de Maurício Farias, esta francamente inspirada no original norte-americano de 1980. São variadas interpretações de mulheres insubmissas a um destino traçado pelas tradições patriarcais, articuladas dramaticamente na valorização da figura feminina demarcada por uma dose de coragem e determinação raras no cinema. A serem observadas as reiterações trágicas que caracterizam o universo ético, social e afetivos dessas figuras da ficção contemporânea. |
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Bibliografia | GUBERNIKOFF, Giselle. A imagem: representação da mulher no cınema. Caxias do Sul: Conexão – Comunicação e Cultura, v. 8, n. 15, p.65-77, jun. 2009. |