ISBN: 978-65-86495-01-0
Título | Uma pequena época de ouro do cinema equatoriano. |
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Autor | Luis Stéfano Murillo Reyes |
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Resumo Expandido | Apesar da histórica descontinuidade da produção cinematográfica equatoriana a década de vinte foi prolífica para o cinema nacional. Devido principalemente ao apoio do Estado e investimento de capitais privados foram realizadas cerca de cinquenta produções documentais e ficcionais. O país encontrava-se em um período de recessão economica e instabilidade política o que provocou em 1925 a instauração de Dr. Isidro Ayora no governo provisório do Equador. Durante seu governo a missão norte americana Kemmerer estrutura um modelo de institucionalidade estatal que fortalece o setor público, propiciando maiores investimentos norte americanos respaldados por esta funcionalidade do Estado. Vinculado a isto a produção cinematografica do país dá um salto, um grande capital é investido consolidando a exibição e em alguma medida também a produção nacional. Cabe mencionar que em 1920 em Guayaquil existiam vinte salas de cinema e em Quito apenas quatro. Essa diferença significativa devia-se ao fato de que nesse período o número de habitantes em Guayaquil era o dobro de Quito, além de ser pólo economico e principal porto do país. Já nesse período o cinema norteamericano ocupava quase totalmente o espaço de exibição dessas salas. Em 1921 foi enviado ao Equador um representante da Cía. de Teatros y Cinema de Lima, subsidiária de empresas norte americanas, para realizar um estudo do mercado equatoriano. A partir disso, em convênio com as empresas de distribuição Ambos Mundos e Cines de Quito são realizadas exibições de obras vinculadas a Metro Golden Mayer, Fox, Pathe de New York e Warner Bros. Com a construção de mais salas de cinema surgem as primeiras revistas especializadas. Começa a circular em 1920 a revista Cine Mundial a Colores que compilava notícias e informações sobre Hollywood, em 1921 a revista Proyecciones del Edén compilava notícias sobrecinema e teatro e em 1922 foi criada a coluna Teatros y Cinema no jornal El Telégrafo de Guayaquil. Nesse panorama de crescimento do circuito exibidor articulam-se banqueiros, comerciantes e pequenos industriais junto ao Estado que retomam a ideia do cinema como propaganda de gestões governamentais e atividades econômicas privadas, a fim de atrair investimentos estrangeiros no país. Já em 1920 em seu discurso de posse o presidente Luis A. Tamayo sinalizava todo seu apoio a cinematografia que, segundo ele, popularizou as maravilhas da ciência, das letras e da indústria e fazia conhecer o progresso das nações. Desse modo é com o apoio do Estado que se formaram empresas vinculadas a produção e distribuição dentro do país, principalmente de cine jornais e revistas de atualidades. Algumas empresas distribuidoras e exibidoras que já existiam passaram a realizar suas próprias produções, entre elas têm destaque nesse período: Olmedo Films, Rivas Films, Gráficos del Ecuador, Gráficos Miranda, Ocaña Films y Ambos Mundos. Cabe ainda destacar que neste período referido pela historiografia como época de ouro foram realizados os primeiros filmes de enredo de longa metragem no Equador. As produções estiveram a cargo do guayaquileno Augusto San Miguel que ao cabo de oito meses exibiu, durante o ano de 1924, três películas sendo elas El Tesoro de Atahualpa, Se necesita una Guagua e Un abismo y dos almas (Augusto San Miguel, 1924). Os filmes tiveram certo êxito nas salas de exibição e para além das produções San Miguel, em parceria com o italiano Carlo Bacaccio, fundou em 1923 em Guayaquil a Arts Flms, uma academia destinada a formação de atores para o cinema nacional. |
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Bibliografia | LEÓN, Christian. Historia del cine ecuatoriano. Publicado en Diccionario del Cine Iberoamericano. España, Portugal y América; SGAE, 2011; Tomo Tomo 3, pags. 405-412. http://pantallacaci.com/ibermedia-digital/contexto-historico/historia-del-cine-ecuatoriano/ |