ISBN: 978-65-86495-01-0
Título | O plano sequência diegético e o horror em Atividade Paranormal |
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Autor | Rodrigo Terplak |
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Coautor | Rogério Ferraraz |
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Resumo Expandido | No cinema de ficção, vários recursos utilizados, tanto técnicos, como o uso de câmeras portáteis, quanto dramatúrgicos, como atuação de não atores e improvisação, vêm do documentário. Os filmes realizados ao estilo simulado de found footage, ou das “gravações encontradas”, fazem parte desse universo de obras construídas a partir da hibridização das estruturas narrativas e estilísticas do cinema documentário e de ficção. Neste sentido, apresentou-se no Encontro da Socine de 2017 uma análise geral da franquia Atividade paranormal com relação a estilística do falso found footage de horror, que apresenta características que imitam gravações caseiras e amadoras. Propôs-se naquela oportunidade um estudo dos filmes que compõem a série cinematográfica Atividade paranormal (2009-2015) - a saber: Atividade paranormal (2009), Atividade paranormal 2 (2010), Atividade paranormal 3 (2011), Atividade paranormal 4 (2012), Atividade paranormal: Marcados pelo mal (2014) e Atividade paranormal: Dimensão fantasma (2015), com o foco da análise nos artifícios utilizados na construção narrativa das obras, especialmente a câmera diegética subjetiva, além da variação dos parâmetros estilísticos da imagem através dos vários tipos de câmeras que foram utilizados durante os filmes, tais como: daddy-cam, inclusive com visão noturna; câmera de sistema de vigilância; câmera VHS; câmera de celular e computador; entre outros. O que se pretende no Encontro da Socine de 2019, dando continuidade àquela pesquisa, é analisar o uso específico do plano-sequência através dessas câmeras subjetivas e câmeras de segurança. Buscar-se-á verificar (e diferenciar) se são planos-sequência de fato ou se são apenas planos longos, e determinar a importância de tais planos para o horror, se eles intensificam ou prejudicam os efeitos e sentidos característicos do gênero. A partir do diálogo com autores que escreveram sobre estética, narração fílmica e técnicas de filmagem (AUMONT, 1995; MASCELLI, 2010), sobre documentário, ficção e não-ficção (NICHOLS, 2008; CARROLL, 2005), sobre o cinema de horror contemporâneo (CÁNEPA, FERRARAZ, 2013) e sobre o próprio fenômeno Atividade Paranormal e o uso de câmeras diegéticas (BORDWELL, 2012; CARREIRO, 2013), este trabalho pretende colaborar para o avanço dos estudos sobre gêneros cinematográficos, particularmente o horror, e sobre questões narrativas e estilísticas em geral. |
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Bibliografia | AUMONT, J. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995. |