ISBN: 978-65-86495-01-0
Título | Sobre os processos de criação e o estilo do som em curta metragens |
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Autor | debora regina opolski |
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Coautor | Luis Bourscheidt |
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Resumo Expandido | Essa comunicação parte da hipótese de que a abordagem escolhida para a criação implica diretamente no estilo da trilha sonora e por conseqüência na sua apreciação. Obviamente, existem diversas formas de trabalhar com o material sonoro no audiovisual. As abordagens são variadas porque a trilha sonora é uma obra de arte complexa, criada através de sutilezas. Na teoria, é preciso pensar sobre as técnicas de gravação utilizadas no set de filmagem, as formas de abordar a criação do design sonoro, a composição musical e todas as questões de edição e mixagem que perpassam o processo. Na prática, uma das formas mais comuns de trabalhar o design sonoro nos curta metragens brasileiros é através da edição de som direto. Existe uma tendência difundida não apenas entre os apreciadores do audiovisual, mas também entre os profissionais (incluo aqui muitos profissionais do som, mas principalmente os diretores e produtores) de pensar que o som do set de filmagem é “praticamente” o som final do filme. Com base na proposta de Bordwell (2013) para os estudos do estilo no audiovisual, podemos pensar em questões sutis como marcadores de estilo. Esses quesitos podem ser avaliados na trilha sonora através de comparação de diferenças, observando os antagonismos, como por exemplo: audição de um som ou de vários sons articulados com perspectivas de presença e profundidade; perspectiva única para som e imagem ou perspectivas diversas; sons sincrônicos ou sons assincrônicos; sons espacialmente contínuos ou segmentados; sincronia ou assincronia temporal sonora, etc. Entendendo essas sutilezas como marcadores de estilo e conhecendo os processos de trabalho com o som no audiovisual nas etapas da produção e da pós produção, é possível trabalhar com essa necessidade e/ou tendência mercadológica de utilizar o som direto como principal (para não dizer, único) elemento para composição da trilha sonora e ainda assim criar uma trilha sonora narrativamente articulada com as imagens? Quais marcadores de estilo aparecem nessas trilhas sonoras? Como esses marcadores refletem na apreciação audiovisual? Através de analise estilística do som, a presente comunicação pretende tratar da expressividade do som em curta metragens brasileiros, para explicar qual é a relação entre o processo de criação e o estilo da trilha sonora no audiovisual, procurando entender como esses marcadores se apresentam nas trilhas sonoras de curta metragens brasileiros. |
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Bibliografia | BORDWELL, David. Sobre a história do estilo cinematográfico. São Paulo: Editora da Unicamp, 2013. |