ISBN: 978-65-86495-01-0
Título | Videodança: o sonho do cinema pulsante |
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Autor | Michel Schettert |
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Resumo Expandido | O ato de filmar em meio ao acaso provoca uma série de questionamentos que se somam à definição de cinema formulada por Glauber Rocha. A pergunta que inaugurou a presente pesquisa foi: Como editar vídeos gravados a partir de uma ideia na cabeça e uma câmera na mão? Em busca de respostas, a dança expressou em sua essência criativa algumas mensagens positivas para o problema citado. Através da palavra-chave “videodança”, teve início o acesso a uma bibliografia básica que permitiu o aprofundamento da relação entre cinema e dança, revelando assim outros aspectos dessa investigação. O texto da pesquisadora australiana Karen Pearlman, "A Edição como Coreografia", explica que o trabalho de um coreógrafo é análogo ao de um editor, pois ambos trabalham o ritmo da imagem, moldando frases de movimento e manipulando pulsos em transições. Porém, o problema do ritmo na montagem não começa na ilha de edição, pois as tomadas "já estão impregnadas de tempo", como bem ressalta Andrei Tarkovski em "Esculpir o Tempo". Sendo a edição uma etapa posterior à captação de imagens, o texto da australiana acaba contribuindo para se pensar o ritmo dentro do trabalho criativo de um diretor de cinema. Consequentemente, explora-se o processo criativo tanto da mise-en-scène quanto da coreografia, que tratam, respectivamente, da movimentação dos elementos à frente e detrás da câmera. Porém, diferentemente dos manuais de cinema estrangeiros, que abordam a coreografia sob um aspecto mecanicista, tal como aparece em "Film Directing Shot by Shot", de Steven Katz, esta pesquisa coloca a coreografia em função da câmera na mão, ou seja, seguindo a premissa de Glauber Rocha que incorpora acaso e improvisação. Portanto, apresenta-se aqui um método para que o diretor escreva as instruções de movimento de câmera na mão, algo que supostamente resultará no agenciamento do aqui chamado "cinegrafista-dançarino". O percurso da pesquisa, cujo sumário se enumera abaixo, culmina na proposta de uma disciplina acadêmica sobre ritmo cinematográfico, a qual prevê o uso de dinâmicas em sala de aula, bem como a transmissão de repertório sobre ritmo na imagem. 1- Ritmo: apontamentos etimológicos, críticos e culturais 2- A câmera no meio do encontro entre cinema a dança 3- Estilo como questão de atitude 4- Coreografia na direção cinematográfica 5- Dib Lutfi: a intuição de um cinegrafista-dançarino 6- Ritmo cinematográfico: proposta de disciplina |
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Bibliografia | BARTHES, Roland. Como Viver Junto. São Paulo: Martins Fontes, 2013. |