ISBN: 978-65-86495-02-7
Título | Filme Demência, cidade, subjetividade e alegoria. |
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Autor | Cauê Costa Soares |
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Resumo Expandido | O cinema sempre teve fortes relações com a questão do impacto da vida nas cidades sobre a subjetividade de seus cidadãos. É fato que temos desde o começo do cinema filmes como Berlim - Sinfonia da Metrópole de Ruttman, ou ainda, a presença dessa temática nos filmes brasileiros, que será o nosso foco. No cinema brasileiro temos amplos pontos de vista sobre esse tema. Desde filmes como São Paulo - Sinfonia da Metrópole que já tem algo de positivista ao contrário do filme de Ruttman. E também, o filme de José Medina chamado Fragmentos da Vida que já relata algo da experiência urbana sobre o indivíduo. Ou ainda, partindo dos estudos sobre a experiência contemporânea da metrópole desde os teóricos como Benjamim e filmes como Metrópolis de Fritz Lang. E também, chegando ao filme São Paulo S.A de Luís Sérgio Person que revela ainda um forte impacto sobre o estado emocional do personagem e sua relação com a cidade de São Paulo. Logo, partindo destas análises de filmes e livros que tratam do tema da cidade e subjetividade, faremos uma recapitulação disso tudo, e buscaremos avaliar como se dá a experiência do personagem com relação à cidade em Filme Demência de Carlos Reichenbach. Logo, pretendemos realizar uma análise fílmica da obra em questão e avaliar se a sua concepção visual pode ser tomada enquanto uma expressão de seu tempo. Com as imagens de uma metrópole cinzenta e que inviabiliza um outro tipo de experiência mais selvagem ou libertária talvez. Assim, tentaremos estabelecer se é possível enxergar nesta obra uma alegoria de seu tempo pautado pelo avanço da política neoliberal e uma virada para um cinema puramente comercial sem tantas pretensões culturais. Enfim, se podemos enxergar uma mudança do tipo de experiência cultural que aponta para outras formas de relação com a arte do cinema. Talvez, com um comportamento e uma postura em consonância como o avanço das forças políticas da época. Logo, pretendemos também contextualizar o filme dentro da produção cinematográfica do período dos anos 80. E para a nossa metodologia buscaremos bases teóricas em autores como Jean Claude Bernardet no que diz respeito a esse período do cinema. E ainda, textos como os de Ismail Xavier sobre o sentido do conceito de alegoria, na simbologia do período histórico. E finalmente, usaremos as obras de Jacques Aumont como A Imagem, A Análise do Filme e Estética do Filme. Isso tudo para os procedimentos de análise fílmica que procuramos realizar para atingir nossos objetivos. |
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Bibliografia | Aumont, Jacques. A Estética do Filme. Campinas: Papirus, 1995. |