ISBN: 978-65-86495-02-7
| Título | Circulação internacional de filmes brasileiros |
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| Autor | Hadija Chalupe da Silva |
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| Resumo Expandido | Ao longo da história do cinema brasileiro vemos que a resiliência é a principal característica dos realizadores. A cada momento de crise vemos o esforço incessante desses atores na busca por alternativas que resultem em uma pretensa autossutentabilidade. Vemos que esse esforço depende do entendimento da interdependência dos agentes (elos) econômicos existentes nesse espaço. Não somente a tríade produtores-distribuidores-exibidores, mas uma perspectiva ampliada que abarque outros elos (preservação, formação de público e profissional). Os desafios para atrair espectadores estão ligados tanto às mudanças dos hábitos, quanto à falta de continuidade de políticas de incentivo ao setor. Contemporaneamente, percebemos que uma (ainda restrita) parcela privilegiada de produtores encontrou na difusão internacional uma alternativa para estimular e ampliar os horizontes de suas atividades. Este fato dá suporte a um dos principais argumentos desta pesquisa, produção e difusão estão simbioticamente conectados e o entendimento dessa relação é salutar para a economia do setor. Desse modo, este trabalho tem como objetivo dar continuidade a pesquisa iniciada em 2018 ao processo investigatório da circulação e alcance de filmes brasileiros distribuídos comercialmente em telas estrangeiras. A importância da carreira internacional para a construção da vida do filme é notória e histórica. Esse universo se estabeleceu através do significativo trabalho desenvolvido pelas variadas Mostras e Festivais existentes. A escolha de determinada obra por parte de um júri, transfere para o filme uma carga simbólica importante para sua carreira comercial. Ser escolhido por Cannes, Berlim, ou Veneza, por exemplo, faz com que o trabalho carregue as convicções que regem cada comissão julgadora, de cada Festival. Vemos esses eventos como uma importante ferramenta para potencializar a visibilidade do trabalho. Sua importância é incontestável, mas dentro da lógica industrial é uma atividade bem paradoxal. A produtora tem que “vender”, fazer com que seja bem aceito, isso porque “estreá-los no exterior é uma forma de eles serem levados em consideração, para que eu seduza distribuidores nacionais”. (Silveira, 2013) Essa exibição não gera receita de bilheteria, sua exibição não gera um ambiente de recuperação do investimento feito em sua produção. A chave do sucesso está na qualificação da obra e o quanto de críticas boas ela consegue acarretar, ou seja, quando espontaneamente gera um buzz marketing, sem custo. Esse fato que faz gerar interesse pela obra e impulsiona suas vendas, aumentando seu valor de mercado, quando iniciar sua carreira comercial. É nesse último ponto que esta pesquisa se debruça, a compreensão de como certas obras (e produtoras) conseguem construir um ambiente favorável para serem comercializadas em telas estrangeiras e qual o impacto dos festivais no estímulo dessa ação. Determinamos para esta pesquisa o recorte temporal dessa pesquisa está baseado a partir do que conhecemos como Retomada ou seja, os nos últimos 25 anos de atividade audiovisual brasileiros. Como mencionado esta é a continuidade de mapeamento do desempenho comercial de longas-metragens brasileiros na Europa (distribuição e exibição) iniciado no Reino Unido que nesse momento objetiva apresentar: 1. quais os Realizadores construíram essa carreira internacional; 2. quais Distribuidores investiram na comercialização de filmes brasileiros. 3. quais outras janelas exibem essas produções. A compreensão ampliada dessas relações se dá através das coproduções internacionais. Em tese, a busca de financiamentos e parceiros em outros países possibilitaria a criação de uma obra que possui e compartilha tanto elementos práticos quanto identitários mais convidativos para circular internacionalmente. No entanto, a confirmação da hipótese de que coproduções internacionais ampliam as possibilidades de difusão das obras só é possível através de um estudo da difusão desses filmes em território intern |
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| Bibliografia | KNIGHT, J; THOMAS, P. Distribution And Promotion Of Alternative Moving Image. Chicago: University of Chicago Press, 2012. |