ISBN: 978-65-86495-02-7
Título | UM SET DE FILMAGEM DENTRO DA PANDEMIA |
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Autor | Flávia Seligman |
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Resumo Expandido | Trabalho feito a partir do estudo sobre Avaliação de Problemas e Riscos no Set de Filmagem, feito sob a supervisão do Prof. Dr. Maurício Bernardes do PPG Design da UFRGS e da experiência prática como Diretora de Produção do longa metragem Kunhã Karai – Narrativas da Terra. Esta pesquisa de caráter teórico e prático teve início meses antes do começo da Pandemia do SARS-CoV-2 e imediatamente seu foco foi alterado para os problemas e riscos causados pela contaminação dentro de um set de filmagem. Estudo do set como espaço efêmero e como resultado do planejamento de uma pré-produção. Adaptação deste set para as demandas causadas pela pandemia. Prática em um set de filme documentário e de baixo orçamento. O primeiro alerta da doença foi dado pelo governo chinês, em dezembro de 2019, com o surgimento de uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes. Desde então, esse novo Corona vírus (o vírus já era conhecido, o que aconteceu foi uma mutação desconhecida) que recebeu o nome técnico Covid-19, matou milhares de pessoas na China e se espalhou pelos cinco continentes. Até o final de abril de 2021, já haviam mais de 13 milhões de infectados e mais de 400 mil mortos no Brasil. As atividades do audiovisual foram praticamente interrompidas já no começo da pandemia e depois começaram a voltar de forma bem lenta e cautelar. Protocolos de segurança sanitária foram elaborados em várias regiões do país para que as filmagens fossem realizadas com o máximo de cuidados objetivando a não contaminação. Neste trabalho trago a experiência pessoal de ter atuado como Diretora de Produção do longa metragem Kunhã Karai, narrativas da terra, dirigido por Paola Mallman e produzido pela Linha de Produção Cinema e Televisão, de Porto Alegre RS. A pré-produção do filme teve início em novembro de 2020 e as filmagens em dezembro do mesmo ano e em fevereiro e abril de 2021. O projeto inicial data de um ano antes, precede a pandemia, então a produção foi toda repensada e readaptada para as condições atuais. Na pré-produção do filme pude utilizar o estudo que já vinha fazendo sobre O SET DE FILMAGEM E O PROTOCOLO DE SEGURANÇA SANITÁRIA, que gerou uma vídeo aula publicada com o apoio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre através de um Edital Emergencial de Auxílio à Cultura, com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc. Também se somaram estudos já feitos sobre a organização de um set de filmagem junto com o Professor Maurício Bernardes, do PPG em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Partimos do princípio que o set é um espaço efêmero criado única exclusivamente para a rodagem de uma cena ou mais. Assim como é construído, o set deve ser, depois, totalmente desativado deixando seu local de origem exatamente como estava antes da rodagem começar. No Rio Grande do Sul a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do RS - a APTC RS - em conjunto com o Sindicato da Indústria do Audiovisual do Rio Grande do Sul - SIAV RS - publicou o Guia de Orientação para o Setor Audiovisual- Modelo de Distanciamento Controlado do RS. O Guia de Orientação AV tem como objetivo apresentar diretrizes para realização das atividades audiovisuais no Rio Grande do Sul, obedecendo ao Modelo de Distanciamento Controlado determinado pelo Estado, e estabelecendo padrões sanitários básicos para a produção de conteúdo audiovisual. Com este cenário nosso estudo buscou identificar as questões de organização e segurança que possam proteger os participantes do set e ao mesmo tempo garantir que o processo decorra da melhor maneira possível. |
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Bibliografia | 1. BRITZ, Iafa. Film Business: o negócio do cinema. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. |