ISBN: 978-65-86495-02-7
Título | Black Tie–Pau Brasil. Cinema Novo, Oficina e Arena noutras imbricações |
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Autor | Flavio Kactuz (Flávio C. P. de Brito) |
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Resumo Expandido | Este trabalho tem por intuito investigar as aproximações entre Cinema e Teatro no Brasil, estabelecendo uma análise comparativa entre Eles não usam Black Tie (1981) de Leon Hirszman e O Homem do Pau Brasil (1982) de Joaquim Pedro de Andrade, obras produzidas no epílogo da ditadura militar, ainda sob a tutela da tesoura dos Censores, quando o Cinema Novo alcançava uma nova fase, atingido pela inesperada morte de Glauber Rocha e por uma reconfiguração da indústria e do mercado cinematográfico. E é, justamente, nessa transição de um momento a outro, que os dois diretores cinemanovistas decidem incorporar procedimentos distintos de encenação e atuação, provenientes das experiências cênicas desenvolvidas no Teatro de Arena e Oficina, tragicamente interrompidas após o AI-5. Nesses dois filmes podemos perceber uma releitura extremamente fértil, localizada não apenas na dramaturgia mas, sobretudo, no exercício de linguagem, através de um denso mergulho no realismo da peça de Guarnieri como no realismo poético na releitura da obra Oswaldiana, em franca oposição ao naturalismo que se instaurava gradativamente nas telenovelas brasileiras. E é interessante perceber o vasto e significativo elenco que participa dos dois filmes, com contínuo trânsito entre Teatro, Cinema e Televisão, revelando algo a mais sobre a proximidade e intercambiamento de teorias e práticas artísticas, principalmente nos anos 1960 e 1970, muito se diferenciando do que viria ocorrer em décadas posteriores, evidenciando uma complexa incorporação de técnicas estrangeiras adaptadas à realidade nacional. |
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Bibliografia | ALMADA, Izaías. Teatro de Arena. Uma estética de resistência. São Paulo: Boitempo, 2004 |