ISBN: 978-65-86495-05-8
Título | Videoarte de mulheres, identidade e a estética da abjeção |
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Autor | Anna Clara da Silva Petracca |
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Resumo Expandido | Julia Kristeva aponta que o abjeto atua na construção da identidade do sujeito, sendo este um mecanismo que parte de sentimentos como a repulsa, recusa e rejeição como caminho para a externalização do que o sujeito não é - explicitando, portanto, o que ele é. Como afirma Iris Young em Abjection and Opression: dynamics of unconscious racism, sexism, and homofobia (1990), a abjeção pode ser utilizada como estratégia de controle social, alimentando preconceitos sociais, como o racismo, o sexismo e a homofobia - ou seja, é através da negação de algo que a identidade é reafirmada. Proponho então entender como a apropriação do sentido abjeto - ou a aproximação de uma “estética abjeta”, consciente e racionalizada, presente em obras de videoartistas, caminham para uma possibilidade transgressora na (re)construção do feminino no sentido audiovisual. Como recorte, discutirei obras de artistas que partem da autorrepresentação em vídeo (suas próprias imagens e corpos subjetivos), focando principalmente em Carolee Schneemann (1939-2019), Ana Mendieta (1948-1985) e Pipilotti Rist (1962-). |
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Bibliografia | Young, I. M. (1990). Abjection and oppression: Dynamics of unconscious racism, sexism, and homophobia. |