ISBN: 978-65-86495-05-8
Título | Imaginar lugares: Modos de criação audiovisual em Cidade-Cenário. |
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Autor | Laís Lara |
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Resumo Expandido | A presente proposta visa pôr em debate questões sobre os processos de criação audiovisual e suas relações com os espaços relacionais de dois possíveis “caminhos” audiovisuais. Lança a proposta raízes no doutoramento em estudos contemporâneos das artes e, para além desta circunscrição, nos vários desenvolvimentos possíveis para visões com escopo que inclua o campo da arte urbana. O objetivo é tratar a propositura da concepção da cidade como cenário e dedicar-se a análise dos processos criativos incidentes na trilogia de videodança/videoarte Cidade-Cenário. “Cidade Cenário” é uma proposta em movimento. Inspiradas pelo conceito cidade-cenário de Paola Berenstein, propomos videodanças/videoarte experimentais em interação tátil com asfalto, próximo aos tempos de quase-fim da pandemia. Pés descalços, diagonal entre carros, sons, a luz refletida nos espelhamentos dos prédios… passantes. Em tempos de evitamentos, “cidade e cenário” é uma provocação, um chamamento à experiência-cidade. Um desdobramento para o exame da proposta é a instalação audiovisual dentro de um espaço virtual através do uso da Gretas, galeria. Gretas é uma galeria virtual 3D projetada com uma proposta estética baseada em jogos online, transbordando entre-fronteiras do cubo branco, a câmara escura, os jogos onlines, realidades virtuais e os reais fabulados. Onde toda a exposição é uma proposição a uma experimentação sensorial, da qual tornou-se intensificada com a instalação audiovisual Cidade-Cenário, como uma espécie de audiovisual dentro do audiovisual. Inserida genericamente pensamos a cidade atualmente como um espaço de muitos passantes, entretanto atravessada por poucos corpos. Vivemos um tempo de convite a “evitamentos”, o que míngua, de certa forma, a experiência-cidade e seus muitos possíveis. Cidade-cenário é uma provocação aos que pensam/pretendem uma cidade desencarnada, é um chamamento à experiência-cidade. Com uma metodologia transdisciplinar, ou, ainda, com uma propositura metodológica a partir de zonas confluentes (audiovisual, cinema, dança), nossa proposta foi produzir uma dramaturgia do erro e dramaturgia do risco, um convite à errância, uma profunda experimentação câmera, cidade, corpo e movimento. Tais fatores importantíssimos para a criação de Cidade-Cenário, o Erro e o Risco, tornam-se imagem em movimento, provocando as potentes sensações lacunares que chegam com estes, como a vulnerabilidade pela entrega, gerando uma obra audiovisual encarnada, onde todos os autores se colocam em jogo: cinegrafista, bailarina, coreógrafa, editora e diretora. A presente investigação composta por três videodanças/videoarte, terá aspectos práticos realizados a partir da repetição e regravação em distintos espaços lugares/cenários. Levantamos questões cruciais de nossa pesquisa abordando os processos implicados nas várias relações expressas na cidade enquanto cenário, nos conceitos imagem-movimento/imagem-tempo, corpo-autor, montagem, originalidade, criação entre outros. |
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Bibliografia | DELEUZE, Gilles. O que é um ato de criação?. Palestra de 1987. Edição brasileira: Folha de São Paulo, 27/06/1999. trad: José Marcos Macedo |