ISBN: 978-65-86495-05-8
Título | Carlos Reichenbach e o cinema de sentimentos de Valerio Zurlini |
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Autor | Lorena Duarte de Oliveira |
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Resumo Expandido | A proposta deste trabalho é a análise do filme Falsa Loura (2008), de Carlos Reichenbach, comparado ao filme A Moça com A Valise (La Ragazza con la Valigia, 1961), do italiano Valerio Zurlini. Tendo servido de inspiração manifesta para o diretor brasileiro, o filme de Zurlini nos permite ver caminhos estilísticos que Carlão buscou trilhar em sua obra. O diretor depurou na sua experiência o que ele mesmo chamou de “cinema de sentimentos" (REICHENBACH, 1999). Alguns elementos que despontam em nossa análise são o uso da música diegética, a escolha das lentes e dos enquadramentos e a construção do roteiro. Para identificar esse desenvolvimento temporal de seu estilo, convocamos também seu filme Dois Córregos: verdades submersas no tempo (1999), em que a referência zurliniana já estava pacificamente declarada e também Garotas do ABC: Aurélia Schwarzenega (2003), que, como contraponto, demonstra uma vereda que o diretor abandonou, de cunho mais sociológico, pictórico, e com uma dramaturgia baseada em um narrador onisciente. Brevemente, traremos ainda o filme Tudo que o céu permite (All that Heaven Allows, 1955), do germano-americano Douglas Sirk, sob a análise de Laura Mulvey, para investigar uma hipótese levantada pelo próprio Reichenbach (1999): a de que o gênero melodramático, que tem Sirk como expoente, conteria em suas formas e convenções aquilo que o interessava no “cinema de sentimentos” de Zurlini. |
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Bibliografia | BROOKS, P. The Melodramatic Imagination. NH: YU Press, 1996. |