ISBN: 978-65-86495-06-5
Título | Redemoinho e o “enquadradar” de Walter Carvalho |
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Autor | Maria Fernanda Riscali de Lima Moraes |
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Resumo Expandido | A luz é a matéria prima do fotógrafo e Walter Carvalho, durante muito tempo, teve uma fidelidade à luz. Achava que a luz fazia tudo, e por isso, dava muita importância à colocação dos refletores, um processo que segundo ele, era doloroso e demorado. Até que entendeu que o mais importante em seu trabalho era o ato de enquadrar, chamado por ele de “enquadradar”, colocar em quadrados. A partir de Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles, ao pensar na triangulação entre a bolandeira, a casa dos Breves e a casa da rapadura, Walter intuitivamente começou a dar mais importância ao quadro do que à luz. Esse processo passou por todos os seus filmes e culminou em Redemoinho (2016), de José Luiz Villamarim, quando entendeu que não deveria colocar os objetos no quadro, pois o quadro não manda no objeto, o objeto é quem manda no quadro. “Enquadradar“ significaria, portanto, ser olhado pelo objeto. O presente trabalho analisa a fotografia de Redemoinho sob a perspectiva do “enquadradar” proposto por Walter Carvalho. |
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Bibliografia | AUMONT, Jacques. As teorias dos cineastas. Campinas: Papirus. 2004. |