ISBN: 978-65-86495-06-5
Título | Ficções epistêmicas, narrativas alagmáticas e a imagem cosmotécnica |
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Autor | CARLOS FEDERICO BUONFIGLIO DOWLING |
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Resumo Expandido | A presente comunicação propõe uma análise com a aplicação dos conceitos de Ficções Epistêmicas, Narrativas Alagmáticas e Imagem Cosmotécnica (Dowling, 2022), a partir dos processos de criação do projeto da série ficcional multiplataformas ANIMA LATINA, com especial atenção ao desenvolvimento do protótipo do filme-instalação em Cinema de Realidade Virtual A ESCRITA DO DEUS (2023), livre adaptação do conto homônimo de Jorge Luis Borges e de desenvolvido através da metodologia de pesquisa-criação [research-creation]. Circunscreve assim o foco de atenção e análise ao processo de criação, recriação, e mesmo de uma transcriação, a partir da potente ficcionalização de Borges que toma como base inspiratória a cosmogonia dos povos autóctones Maias, através da criação da personagem do Mago Tzinacán, em franco processo de brutal embate com o projeto invasor espanhol, através do personagem histórico de Pedro de Alvarado. As ficções epistêmicas e narrativas alagmáticas devem ser breve e incialmente entendidas a partir de uma “explícita inspiração”: [...] respectivamente nos conceitos de ficção filosófica e epistemologia fabulatória de Vilém Flusser (FELINTO, 2014) e, na conceituação de algamática, como proposta por Gilbert Simondon (2020.a[1958]) como um refinamento do conceito de cibernética (WIENER, 2019[1948]). (Dowling, p. 26, 2022) O terceiro conceito aplicado como base para a presente análise é uma derivação do conceito de Cosmotécnica (Hui, 2016), que pode ser assim brevemente descrito: A imagem cosmotécnica busca, assim, validar a aplicação de um pensamento não-eurocêntrico e não euro-centrado para imaginar novas formas de querer, conceber e desenvolver as tecnologias audiovisuais excêntricas, literalmente advindas de fora dos centros hegemônicos de produção e difusão do norte-global, leia-se EUA e Europa. E, que proponham desconstruir a noção de filmes exóticos, e as tradicionais narrativas de exotismo de filme etnográfico, para recompor maneiras de ver, ouvir e mostrar mundos excêntricos, periféricos e, por isso, relevantes para pensar novas maneiras de contar o mundo em mundos. (Dowling, p. 34, 2022) |
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Bibliografia | BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo: Editora Globo S.A, 1998. |