ISBN: 978-65-86495-09-6
Título | Godard x Descartes: polêmica reivindicada, convergência insuspeitada |
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Autor | Mateus Araujo Silva |
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Resumo Expandido | A comunicação examinará a maneira como Godard invoca Descartes em alguns de seus filmes, transformando-o em seu inimigo filosófico (La Chinoise, 1967), ou extraindo de suas fórmulas verbais, como a do Cogito (Penso, logo existo / Cogito ergo Sum / Je pense, donc je suis) – retomado, parodiado ou deformado –, material ou ferramentas para o pensamento (Une femme est une femme, 1961; Letter to Jane, 1972; Histoire(s) du Cinéma 1B, 1998; Dans le noir du temps, 2002; Vrai Faux Passeport, 2006). Também examinará como Godard, ao confrontar ou emular Descartes, acaba ao mesmo tempo confirmando (provavelmente sem perceber), na própria forma de seu cinema, teses fundamentais da filosofia cartesiana, como aquelas segundo as quais: 1) Nosso conhecimento do mundo deve passar pela inspeção das representações que dele produzimos; 2) Nosso entendimento pode agir e intervir no fluxo de atividades e representações de nossa imaginação e de nossos sentidos para conhecer os objetos do mundo que ele aborda. |
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Bibliografia | ARAUJO, Mateus. A mise en scène do pensamento em Godard. La Furia Umana, Vol. 33, 2018. |